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“Tem corrida pagando R$ 4,50. Isso é desumano. O cara tem que trabalhar 14h, 16h por dia para sustentar a família. Sem tempo para saúde, descanso ou lazer”, diz presidente de sindicato dos motoristas de app

Zilmar da Silva reforçou que sindicato não quer carteira assinada obrigatória, mas quer que o motorista tenha escolha e direitos garantidos.

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Notícia
Informações objetivas sobre fatos relevantes para o mercado de mobilidade, com apuração direta da redação.
Zilmar da Silva, presidente do Sindmab, discursa durante audiência pública sobre motoristas de aplicativo em Lauro de Freitas (BA).
Zilmar da Silva, presidente do Sindmab, defende regulamentação com direitos e autonomia para motoristas de aplicativo, durante audiência da Câmara dos Deputados em Lauro de Freitas (BA).

Durante a audiência pública realizada pela Câmara dos Deputados em Lauro de Freitas (BA), o presidente do Sindmab, Zilmar da Silva, afirmou que o sindicato não defende a obrigatoriedade de vínculo CLT para motoristas de aplicativo.

“Se ele quer ser autônomo, ele pensa, mas que ele tenha o direito. Que tenha descanso remunerado, que possa sair para as férias dele, que a mulher, quando tiver o bebê dela, possa ter o momento com o bebê”, explicou.

O recado também foi direcionado a influenciadores da categoria: “Quero alertar aos companheiros: temos a responsabilidade de informar corretamente os motoristas. O sindicato não quer carteira assinada obrigatória, quer que o motorista tenha escolha e direitos garantidos.”

Críticas às condições atuais e à postura das plataformas

Zilmar destacou o cenário de precarização vivido há anos pelos motoristas. “Tem corrida pagando R$ 4,50. Isso é desumano. O cara tem que trabalhar 14, 16 horas por dia para sustentar a família. Sem tempo para saúde, descanso ou lazer.”

Ele também criticou as plataformas pela falta de responsabilidade com acidentes e mortes. “As empresas não reconhecem nem o que é acidente de trabalho para o motorista. Para elas, está tudo bem.”

O presidente do Sindmab lembrou de colegas que perderam a vida em serviço e cobrou apoio às famílias. “Estamos falando de vidas. De filhos, de esposas, de mães. E até hoje, nada foi feito por esses que se foram.”

Regulamentação urgente e participação ativa da categoria

Zilmar reforçou que o Sindmab participou da mesa tripartite em Brasília com o Governo Federal e empresas de aplicativo, debatendo a regulamentação nacional. Segundo ele, a proposta do PL 1224 não atendeu aos anseios da categoria, mas o diálogo segue em curso.

“A gente precisa regulamentar, e para ontem. Essa luta não é nova. Já fizemos manifestações, encontros semanais, e precisamos retomar esse engajamento. Porque hoje, quando um motorista para, outros dez continuam rodando. Assim, não há força coletiva.”

Chamado à união e combate à desinformação

Para Zilmar, a desinformação prejudica a mobilização. Ele cobrou união entre lideranças da categoria e clareza na comunicação com os motoristas. “A categoria nasceu com problema. Só vamos avançar se a gente se unir, debater entre nós e cobrar soluções.”

Ele finalizou reafirmando o papel do sindicato: “O Sindmab está à disposição para representar, orientar e lutar por uma regulamentação que respeite a realidade dos motoristas.”

Nota de transparência: Esta matéria foi produzida com o apoio de inteligência artificial e revisada por um jornalista do 55content.

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Redação 55content

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