O portal de notícias de Mobilidade e Delivery do Brasil

Pesquisar

Sindicato afirma que empresas de aplicativo praticam desigualdade racial no tratamento aos motoristas

Rogério Tude, do SINDMOTAPPS/SE, defendeu que o projeto de regulamentação inclua valorização da mão de obra e negociação coletiva.

ponto de exclamacao .png
Notícia
Informações objetivas sobre fatos relevantes para o mercado de mobilidade, com apuração direta da redação.
Homem de óculos e barba fala por videoconferência durante audiência pública da Câmara dos Deputados, com medalhas esportivas penduradas ao fundo.
Rogério Tude Foto: Reprodução/YouTube

Rogério Tude, presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores por Aplicativo do Estado de Sergipe (SINDMOTAPPS/SE), afirmou que as empresas de aplicativo praticam discriminação racial e defendeu que o Projeto de Lei Complementar 152/2025 inclua mecanismos de valorização da mão de obra e negociação coletiva entre motoristas e plataformas.

A declaração foi feita durante o debate sobre a regulamentação dos trabalhadores por aplicativo, realizado nesta terça-feira (07) na Câmara dos Deputados.

Denúncia de racismo estrutural nas plataformas

Segundo Tude, a maior parte dos motoristas e entregadores que atuam nas plataformas são homens e mulheres pretos e pardos, mas ainda assim enfrentam falta de valorização e desigualdade nas condições de trabalho.

“As empresas estão praticando discriminação racial. A maioria dos motoristas são homens pretos e pardos e não têm valorização na sua remuneração”, afirmou.

O presidente do sindicato fez referência à parceria firmada entre o Ministério da Igualdade Racial (MIR) e a Amobitec, associação que representa as empresas de aplicativo, e afirmou que a medida não se reflete em ações concretas para reduzir a desigualdade racial no setor.

“Mesmo com essa parceria, o racismo continua existindo nas práticas das empresas”, disse Tude.

Pedido por mecanismos de negociação coletiva

Durante sua fala, o presidente do SINDMOTAPPS/SE defendeu que a regulamentação traga instrumentos que permitam a negociação direta entre trabalhadores e empresas, visando melhorar os ganhos e garantir condições mais justas de trabalho.

“Pedimos que o PL traga mecanismos que abram espaço para negociação entre o capital e o trabalho, valorizando a força de quem está todos os dias na pista”, afirmou.

Tude destacou que os trabalhadores precisam ter voz ativa nas decisões que envolvem tarifas, repasses e regras de operação, e que a valorização da mão de obra deve estar prevista de forma clara na regulamentação.

Defesa de regras contra a precarização

Ao encerrar sua participação, o presidente do sindicato reforçou que é preciso impedir formas precárias de trabalho no setor de transporte por aplicativo e garantir proteção social e reconhecimento profissional aos motoristas.

“A minha proposta é que o projeto traga mecanismos de valorização, acordo coletivo e outras normas. E, acima de tudo, diga não a qualquer tipo de trabalho precário”, concluiu.

Foto de Redação 55content
Redação 55content

O 55content é o maior portal de jornalismo sobre aplicativos de transporte e entregas do Brasil.

55 branco Logo.png

Receba a principal newsletter da mobilidade e delivery do Brasil

Ao se inscrever você concorda com a nossa Politica de Privacidade e Termos de Uso

Pesquisar