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PL propõe que prefeituras tenham poder para definir tarifas de apps de transporte

Proposta exige autorização municipal para motoristas de aplicativo e prevê tarifas pelo uso da infraestrutura viária.

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Notícia
Informações objetivas sobre fatos relevantes para o mercado de mobilidade, com apuração direta da redação.
Homem de terno cinza e gravata roxa fala ao microfone durante uma sessão oficial, segurando um papel nas mãos. Ao fundo, há uma bandeira do Brasil parcialmente visível e um quadro na parede.
Foto: Reprodução/Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1498/25, de autoria do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), que propõe atribuir aos municípios e ao Distrito Federal a competência exclusiva para regular, autorizar e fiscalizar o transporte individual de passageiros, incluindo os serviços prestados por aplicativos.

De acordo com a Agência Câmara de Notícias, a proposta altera a Lei de Mobilidade Urbana para estabelecer regras e padrões mínimos a serem observados pelos prestadores desses serviços.

Regras e exigências para motoristas de aplicativo

O texto aprovado prevê que motoristas de aplicativos deverão obter autorização da prefeitura e seguir as mesmas exigências impostas pela Lei do Taxista. Entre as condições estão a comprovação de idoneidade, capacitação técnica, exames de saúde e a utilização de veículos seguros e confortáveis.

As prefeituras também ficarão responsáveis por definir tarifas, observando critérios de modicidade, além de estabelecer requisitos técnicos dos veículos, direitos e deveres de motoristas e usuários e procedimentos de fiscalização e sanções administrativas.

O projeto ainda autoriza as prefeituras a cobrar tarifas pelo uso da infraestrutura viária, tanto das empresas de transporte quanto das plataformas digitais.

Reserva de licenças e aplicação de recursos

Segundo o texto, 10% das licenças deverão ser reservadas para condutores com deficiência, desde que os veículos utilizados sejam de propriedade dos motoristas e adaptados às suas necessidades.

O relator do projeto, deputado Cobalchini (MDB-SC), incluiu uma emenda que permite o recolhimento dessas tarifas e destinou os recursos ao sistema de mobilidade urbana. “Os recursos arrecadados deverão ser aplicados no sistema de mobilidade urbana, com prioridade para melhorias na infraestrutura viária e de transporte, expansão dos serviços para áreas atualmente não atendidas e integração com os demais modais de transporte público”, afirmou Cobalchini.

Contexto e próximos passos

Atualmente, a legislação já confere aos municípios a responsabilidade de regular o transporte individual de passageiros. No entanto, segundo a justificativa do projeto, há diferenças entre as regras locais, o que gera lacunas e conflitos entre taxistas e motoristas de aplicativos. O objetivo da proposta é uniformizar diretrizes nacionais, mantendo a autonomia municipal na implementação das normas.

A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Viação e Transportes e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). Para se tornar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

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