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“O algoritmo da Uber força preços para baixo, impõe metas e avaliações abusivas”, diz presidente de Associação da Bahia

Douglas Oliveira declara: “a Uber surgiu em 2014 e, logo após conquistar o mercado, reduziu os ganhos dos trabalhadores, modificando o algoritmo que deveria ser neutro”.

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Notícia
Informações objetivas sobre fatos relevantes para o mercado de mobilidade, com apuração direta da redação.
Homem fala durante videoconferência exibida em audiência pública da Câmara dos Deputados.
Douglas Oliveira Foto: Reprodução/YouTube

Douglas Carvalho Oliveira, presidente da Associação dos Motoristas de Aplicativos da Bahia (AMABA), defendeu a regulamentação da categoria e criticou o modelo atual de trabalho adotado pelas plataformas, que, segundo ele, impõe uma “falsa autonomia” aos motoristas.

A declaração foi feita durante o debate sobre regulamentação dos trabalhadores por aplicativo, realizado nesta terça-feira (7/10/2025) na Câmara dos Deputados.

Oliveira afirmou que, apesar de os motoristas serem classificados como autônomos, não têm liberdade para definir o preço das corridas e podem ser bloqueados sem aviso prévio.

“Nós não somos autônomos, donos do próprio negócio. Não podemos ofertar o preço das corridas e ainda somos bloqueados sem aviso prévio”, disse.

Crítica à falta de contribuição previdenciária

O presidente da AMABA destacou que a ausência de uma regulamentação adequada expõe os trabalhadores e prejudica o sistema previdenciário. Segundo ele, 86% dos profissionais por aplicativo não contribuem com a Previdência Social, o que demonstra a necessidade de mudanças estruturais.

“A falsa autonomia escancara que 86% dos trabalhadores por aplicativo não contribuem com a previdência social”, afirmou.

Oliveira ressaltou que a proposta de regulamentação deve incluir mecanismos de proteção e equilíbrio nas relações de trabalho, conforme previsto no artigo 7º da Constituição Federal, que assegura condições justas e melhorias sociais para os trabalhadores.

Impactos do algoritmo e redução dos ganhos

Durante sua fala, o presidente da AMABA também criticou o uso de algoritmos pelas plataformas, que, segundo ele, interferem nos ganhos dos motoristas e reduzem o valor pago por quilômetro e minuto rodado.

Ele afirmou que, desde que a Uber iniciou suas operações no Brasil, em 2014, os repasses aos motoristas sofreram queda significativa.

“A Uber surgiu em 2014 e, logo após conquistar o mercado, reduziu os ganhos dos trabalhadores, modificando o algoritmo que deveria ser neutro”, declarou.

De acordo com Oliveira, o sistema atual pressiona os motoristas com metas, avaliações abusivas e distribuição desigual de corridas, o que gera desgaste psicológico e insegurança financeira.

“O algoritmo força preços para baixo, impõe metas e avaliações abusivas. Isso acontece justamente por falta de regulamentação”, afirmou.

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Redação 55content

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