O iFood informou que vai reajustar, a partir de 1º de junho, a taxa mínima paga aos entregadores por rota. Segundo a empresa, o valor passará de R$ 6,50 para R$ 7 no caso de entregadores que utilizam bicicleta, e para R$ 7,50 para aqueles que utilizam moto ou carro. Os percentuais de aumento são de 7,7% e 15,4%, respectivamente.
De acordo com o iFood, os novos valores superam a inflação acumulada em 2024, que foi de 4,8%, segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). A empresa afirma que os reajustes foram definidos com base nas características de cada modal, considerando, por exemplo, os maiores custos de manutenção e abastecimento enfrentados por quem utiliza moto ou carro.
Ajustes no raio das entregas e cobertura de seguro
A empresa também declarou que, desde janeiro, vem realizando ajustes no limite de quilometragem das rotas para entregadores que usam bicicleta. Atualmente, essas rotas estão padronizadas em até 4 km, com variações pontuais dependendo da região.
Além disso, o iFood comunicou a ampliação da cobertura gratuita do seguro pessoal para entregadores, com possibilidade de indenizações de até R$ 120 mil em casos considerados graves.
Histórico de reajustes e comparativo com a inflação
Segundo dados da empresa, desde 2021 os reajustes acumulados na taxa mínima chegam a 41,2% para entregadores que utilizam moto ou carro, e a 31,8% para os que utilizam bicicleta. No mesmo período, a inflação acumulada foi de 29,3%, conforme o INPC.
O iFood informa ainda que o aumento também supera os índices inflacionários de categorias de consumo mais relevantes para os entregadores, o que, segundo a empresa, contribui para mitigar a perda de poder aquisitivo dos últimos anos.
Evolução dos valores desde 2021
A empresa detalhou que, em 2022, a taxa mínima passou de R$ 5,31 para R$ 6, e o valor por quilômetro rodado aumentou de R$ 1 para R$ 1,50. Em 2023, a taxa mínima subiu para R$ 6,50. Já em 2024, foi adicionado um valor extra de R$ 3 por entrega adicional em rotas agrupadas.
De acordo com o iFood, os reajustes foram calculados com base em análises internas e visam garantir sustentabilidade financeira da operação, sem repasse de custos para os consumidores.
“Estamos sempre ouvindo nossos entregadores e buscando entender suas necessidades para oferecer soluções reais que impactem positivamente seu trabalho”, afirmou Johnny Borges, Diretor de Impacto Social do iFood. Ele acrescentou que o novo pacote de medidas “é resultado direto desse diálogo, com o objetivo de aumentar seus ganhos e garantir que sua experiência na plataforma seja cada vez melhor”.