O portal de notícias de Mobilidade e Delivery do Brasil

Pesquisar

“Entregador não presta serviço para o iFood, e sim para o restaurante”, diz advogado da empresa no STF

Floriano de Azevedo Marques defendeu modelo de entregas por app como opção autônoma e pontual, em audiência sobre direitos trabalhistas no Supremo.

ponto de exclamacao .png
Notícia
Informações objetivas sobre fatos relevantes para o mercado de mobilidade, com apuração direta da redação.
Advogado de toga fala e gesticula durante sessão no Supremo Tribunal Federal (STF).
Floriano de Azevedo Foto: Reprodução/Youtube

O advogado Floriano de Azevedo Marques Neto afirmou que a atividade dos entregadores vinculados à plataforma não deve ser tratada como relação de emprego nos moldes da CLT. Segundo ele, o modelo atual é baseado na tecnologia e oferece uma nova forma de trabalho, que, em suas palavras, “não é precarização, é um novo modo de trabalhar”.

O representante do iFood no julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), sustentou, nesta segunda-feira (2), seu argumento a respeito do reconhecimento de vínculo trabalhista entre plataformas digitais e trabalhadores. Floriano destacou que o modelo do iFood é diferente de outros aplicativos e que muitos entregadores atuam de forma complementar, em horários alternativos.

 “A plataforma só faz a intermediação”

Floriano argumentou que a lógica do iFood é diferente da de outros apps. Segundo ele, a plataforma conecta restaurantes, consumidores e entregadores, mas quem paga pelo serviço é o restaurante, e não o iFood. “Há uma intermediação entre quem fornece comida e quem quer comprar. O entregador se habilita para prestar serviço ao restaurante, não ao iFood diretamente.”

Ele destacou que a maioria dos entregadores atua de forma pontual, em horários de pico — como almoço e jantar — e que muitos têm outras fontes de renda. “É muito difícil alguém pedir comida às quatro da tarde. O uso da plataforma é complementar à renda de outros trabalhos.”

O advogado também citou que 57% dos entregadores contribuem com a Previdência, muitos porque já têm carteira assinada em outro emprego.

Tecnologia e escolha individual

Para o representante do iFood, a tecnologia mudou as formas de trabalho e exige uma nova leitura das leis. “Estamos aplicando uma legislação com mais de 80 anos a uma relação profundamente tecnológica”, disse, mencionando decisões recentes do STF que reconheceram o impacto da evolução digital sobre normas jurídicas.

Ele também respondeu a críticas sobre o uso de algoritmos: “Não se trata de punir quem não é regular, mas de bonificar quem dedica mais tempo à plataforma”. Para ele, o uso da tecnologia não elimina a autonomia do trabalhador, que escolhe como, quando e se quer trabalhar com apps. “A escolha do modo de prestação do serviço integra a dignidade da pessoa”, afirmou.

iFood garante benefícios e impulsiona pequenos comércio

Floriano reconheceu que é preciso pensar em proteção social para os entregadores, mas sem aplicar automaticamente o modelo tradicional da CLT. Ele afirmou que o iFood oferece apoio aos entregadores com seguros pessoais, assistência para celular, planos de internet, pontos de descanso e programas de formação.

“Já concedemos 25 mil bolsas de estudo para entregadores completarem sua formação”, disse. Ele também defendeu que a plataforma estimula a economia local. “Estudos mostram que restaurantes que usam o iFood aumentam em média 10% os empregos formais, principalmente os pequenos estabelecimentos, como pizzarias de bairro”, afirmou.

Foto de Redação 55content
Redação 55content

O 55content é o maior portal de jornalismo sobre aplicativos de transporte e entregas do Brasil.

55 branco Logo.png

Receba a principal newsletter da mobilidade e delivery do Brasil

Ao se inscrever você concorda com a nossa Politica de Privacidade e Termos de Uso

Pesquisar