Todas as informações a seguir são da agência de notícias Reuters.
A Lyft anunciou nesta quarta-feira (23) a aquisição da plataforma de mobilidade FreeNow por 175 milhões de euros (cerca de 198,4 milhões de dólares), em uma negociação com os grupos automotivos alemães BMW e Mercedes-Benz. A operação representa uma estratégia da empresa para fortalecer sua presença no mercado europeu de transporte por aplicativo.
Segundo a Reuters, pressionada pela concorrência da Uber nos Estados Unidos e no Canadá — sua principal área de atuação — a Lyft está buscando novas frentes de crescimento fora da América do Norte. Com a compra da FreeNow, a empresa praticamente dobrará seu mercado potencial, passando a operar em importantes centros urbanos da Europa como Londres, Frankfurt, Paris e Milão. A FreeNow oferece uma variedade de serviços, incluindo táxis tradicionais, aluguel de e-scooters e carros compartilhados.
“Estamos entrando na Europa por um bom preço e, mais importante, no momento certo”, afirmou David Risher, CEO da Lyft, em entrevista à Reuters. Ele destacou ainda que a empresa está financeiramente preparada para essa expansão.
A Reuters também informou que a FreeNow atua em mais de 150 cidades em nove países europeus. Em setembro, a empresa atingiu o ponto de equilíbrio financeiro, impulsionada por um crescimento de 13% na receita em 2024 e por seu foco no setor de táxis.
Com essa aquisição, a Lyft ampliará seu mercado endereçável de aproximadamente 161 bilhões para mais de 300 bilhões de viagens de veículos particulares por ano. “Quase metade da indústria de táxis na Europa ainda está offline. Então, é aí que está grande parte do potencial de crescimento”, afirmou Thomas Zimmermann, CEO da FreeNow, à Reuters.
Apesar do movimento estratégico, a Lyft enfrentará uma concorrência acirrada de empresas já estabelecidas na região, como a própria Uber e a estoniana Bolt Technology, ambas com forte presença no mercado europeu.
A Reuters também destacou que as empresas de mobilidade estão sob crescente pressão regulatória na Europa, com novas exigências relacionadas a benefícios trabalhistas como salário mínimo garantido e férias remuneradas. Como exemplo, a Bolt anunciou recentemente a adoção desses direitos para seus motoristas no Reino Unido.