Vice-presidente da empresa deseja receber senadores e explicar o processo de fabricação dos veículos elétricos.
Em conversa com o UOL, o vice-presidente da BYD, Alexandre Baldy, disse que a empresa tentará um debate com os senadores para tentar impedir que os carros elétricos continuem sujeitos ao imposto seletivo na reforma tributária.
Isso porque uma proposta aprovada na Câmara incluiu que os carros elétricos farão parte da tributação de bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, apelidada de “imposto do pecado”.
Esse imposto inclui que os veículos terão um imposto extra sobre o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que vai substituir o ICMS e ISS, e o CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que vai representar o PIS, Cofins e IPI.
Em entrevista para o UOL, Alexandre revela os planos da montadora chinesa: “Nós vamos dialogar, temos que fazer realmente um trabalho árduo de diálogo, de corpo a corpo. É importante corpo a corpo. Nada mais forte e evidente do que o corpo a corpo, você visitar gabinete por gabinete para que você possa elucidar, esclarecer”.
Baldy, que também é ex-deputado federal (PP-GO) e ex-ministro das Cidades durante o governo Michel Temer (MDB), afirma que está aberto a receber os senadores para que eles conheçam mais detalhes sobre a empresa.
“Quero mostrar a nossa tecnologia, inovação, capacidade e transição energética, de que tanto se fala, mas pouco se aprofunda, para que se entenda, de fato, como é fabricada uma bateria”.
A expectativa é que o debate seja bem recebido pelos senadores, uma vez que a chegada da fabricante chinesa em Camaçari, Bahia, foi comemorada pelos mesmos.