CEO da Uber afirma que veículos autônomos complementam, não substituem, motoristas de app. Empresa busca parcerias para aumentar frota no Oriente Médio.
A informação é do veículo The National.
O CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, destacou a importância do Oriente Médio como uma região chave para o crescimento da empresa. Em visita aos Emirados Árabes Unidos e à Arábia Saudita, Khosrowshahi reafirmou o compromisso da Uber com uma estratégia de crescimento disciplinada e de longo prazo, focada na inovação em mobilidade.
Khosrowshahi mencionou que o maior desafio da Uber é escalar o crescimento mantendo a conexão com os motoristas, considerados essenciais para o sucesso da empresa. Ele enfatizou a importância do Oriente Médio para a estratégia de negócios da Uber, que opera em mais de 70 países e tem planos de expandir suas operações na região a partir da sede em Dubai.
Durante a visita, o CEO se reuniu com equipes locais e ressaltou a importância de entender as operações no terreno. Nascido em Teerã, Khosrowshahi expressou um vínculo pessoal com a região e destacou o potencial empreendedor do Oriente Médio. Ele citou a parceria com a Careem, adquirida pela Uber em 2020, como um exemplo de sucesso na valorização do espírito empreendedor local.
A Careem, operando de forma independente, tem desenvolvido um “super-app” com diversos serviços além de mobilidade, como entrega, compras e transferência de dinheiro. Recentemente, a empresa comprou uma participação majoritária na Careem, reforçando a estratégia de crescimento da aplicação.
No contexto ambiental, Khosrowshahi destacou o compromisso da Uber com a sustentabilidade, apontando a meta de ser uma plataforma de transporte com zero emissões até 2040.
Nos Emirados Árabes Unidos, 15% dos quilômetros percorridos pela Uber já são realizados por veículos elétricos, com a meta de aumentar para 25% até 2026. Ele afirma que a parceria com a Al Futtaim Electric Mobility Company visa ampliar a infraestrutura de carregamento e a oferta de veículos elétricos.
Khosrowshahi também mencionou que, apesar das tarifas impostas pelos EUA sobre produtos chineses, que incluem veículos elétricos, a Uber continua otimista em relação ao futuro dos veículos elétricos, esperando que outros fabricantes supram a demanda.
Sobre veículos autônomos, Khosrowshahi explicou que a Uber está em discussões ativas com parceiros no Oriente Médio e vê a região como um terreno fértil para inovação. Ele não prevê que a automação substitua os motoristas, mas sim que complemente o trabalho humano.
Por fim, Khosrowshahi refletiu sobre os desafios enfrentados durante a pandemia de Covid-19, que forçaram a Uber a se tornar uma empresa mais focada. Ele destacou a importância da entrega de alimentos durante a pandemia e a transição para uma empresa mais enxuta e eficiente.
Khosrowshahi concluiu expressando otimismo sobre o futuro da Uber, destacando o crescimento contínuo e a capacidade de operar de forma lucrativa em larga escala, além de reconhecer a oportunidade que a Uber proporciona aos motoristas em todo o mundo.