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Taxista pode trabalhar de bermuda?

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Motorista
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Com as altas temperaturas do verão em algumas cidades do país, muitos profissionais se perguntam: taxista pode trabalhar de bermuda?

Basta abrir as páginas de jornais ou portais de notícia que você verá que a cada dia um novo recorde de temperatura é batido. Para o taxista, o calor pode ser um empecilho que nem mesmo o melhor dos ar condicionados dá jeito.

Por outro lado, muitos passageiros e até mesmo taxistas enxergam no uso da bermuda uma imagem de desleixo. Podendo ser visto como falta de profissionalismo.

Nos últimos anos, cada detalhe do trabalho do taxista precisou ser revisto, inclusive sua vestimenta. Principalmente após a chegada da Uber, que trazia como um dos seus símbolos os motoristas bem vestidos e acompanhados de balinhas e água.

Por isso, muitos taxistas passaram a dar uma importância melhor para suas roupas. Buscando usar roupas consideradas mais finas e que passem uma maior credibilidade.

No entanto, quando chega o verão o debate volta à tona. E de fato divide as opinião de taxistas e passageiros.

Mas, afinal, o taxista pode trabalhar de bermuda?

Como uma empresa qualquer, seja por norma da central ou padronização do município, a vestimenta é parte da profissão dos taxistas. Por isso, muitos são obrigados a seguir um código estabelecido.

Assim como os profissionais do táxi, motoristas e cobradores de ônibus e vans são obrigados a seguir um código de vestimenta.

Essas regras são geralmente definidas pelas prefeituras de cada cidade. Assim, vale a pena consultar como é feita a regulamentação da cidade que você faz suas corridas.

Tradicionalmente no Rio de Janeiro, quando chega a época do verão, o prefeito da cidade edita um decreto permitindo o uso de bermuda pelos taxistas.

Geralmente, o período da permissão dura de fevereiro a março, quando encerra o verão e inicia primavera.

No verão 2017/2018, o então vice-prefeito carioca Fernando MacDowell editou a medida autorizando o uso de bermudões, calças e bermudas até o joelho para taxistas, motoristas de van, kombis, ônibus e cobradores. 

E nas outras cidades?

Bem, como falamos anteriormente, cada cidade tem sua regra. Além disso, a central ou cooperativa pode definir um padrão para vestimentas. Fique atento para não ser punido caso um passageiro mais rigoroso venha a reclamar.

São Paulo, por exemplo, desde 1969, possui uma lei de vestimenta para os taxistas. Segundo essa lei, são proibidos bermudas, regatas, bonés e tocas. A infração pode custar uma multa de 23 reais.

A lei ainda separa as vestimentas por categoria de táxi. Por exemplo, condutores de táxis especias devem usar ao mínimo camisa social. Já taxistas de luxo precisam estar de terno e gravata.

A revista Veja publicou que quarenta taxistas haviam sido multados em 2016 por não trabalharem com as roupas adequadas. Além disso, os taxistas que foram flagrados com a vestimenta inadequada, precisaram ir até a Secretaria Municipal de Transporte para uma aula sobre boas maneiras.

No artigo da Revista, o então diretor-presidente da Use Táxi contou que até mesmo para evitar punições, a central decidiu endurecer as regras de vestimentas.

Então, passou a obrigar o uso de camisas brancas de mangas compridas e calça social nos dias de semana. Já nos finais de semana, liberou a calça jeans e a camisa social de mangas curtas.

Em Porto Alegre, as leis de vestimentas dos taxistas vieram como uma forma de aumentar a competição com a Uber. Ao proibir uso das bermudas, o projeto de lei pretendia estimular a melhoria do atendimento.

Em 2016, na época da discussão do projeto, o Jornal Zero Hora publicou uma matéria sobre o assunto em seu site.

Em 2018, a nova Lei dos Táxis entrou em vigor na cidade. Segundo a medida, taxistas deverão ter as roupas padronizadas, sendo proibidas peças que cubram a cabeça e bermudas.

As peças obrigatórias são: camisa fechada com botão, sapato fechado e calça social ou jeans. Todas lisas, sem estampas, manchas ou descolorações.

Segundo a reportagem, a padronização foi bem recebida. No entanto, a proibição da bermuda gerou polêmica, pois foi considerada abusiva.

Para saber mais informações sobre o mercado do táxi, acompanhe nosso blog

Vinícius Guahy

Vinícius Guahy é jornalista formado pela Universidade Federal Fluminense e coordenador de conteúdo do 55content.

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