Após o ministro do trabalho e emprego, Luiz Marinho, afirmar que já há um acordo fechado entre motoristas de aplicativo e plataformas, a representante dos trabalhadores, Carina Trindade, foi às redes sociais para esclarecer que nem ela nem a bancada que participou da negociação foram informadas sobre o acordo e sobre o projeto de lei a ser apresentado ao Congresso Nacional.
“A gente imagina que esteja algo escrito sobre previdência, mas não temos certeza do que vai estar ou não, ou o que vai contemplar os motoristas ou os entregadores. Eu acho muito difícil [ter um PL até o dia 20 de dezembro]. Para mim, o governo está perdido, não sabe o que fala e está colocando na conta dos trabalhadores, dizendo que já tem alguma coisa pronta e nós não temos”, afirmou Carina. Ela acrescentou que tentaram fechar um acordo, mas não foi possível chegar a um consenso nos termos propostos. “Estamos aguardando, assim como vocês, uma posição do governo. Hoje não temos nada, pois eles decidiram pular direto para o PL”.
Durante uma live com o presidente da República, Marinho reafirmou que o acordo na área de transporte de passageiros estava fechado, faltando apenas a redação final do PL. Por outro lado, destacou que não houve acordo na área de transporte de encomendas, já que as plataformas estariam querendo pagar menos do que um salário mínimo.
A fala do ministro foi alvo de crítica da Amobitec, associação que representa os principais apps do setor.
