Motorista de app questiona em Brasília se empresas arcarão com 20% do INSS ou repassarão custo aos motoristas durante debates sobre PLP.
Nesta quinta-feira (21), deputados federais, sindicatos, associações e motoristas de aplicativos se reuniram em Brasília para discutir sobre o projeto de lei que regulamenta o trabalho dos motoristas de aplicativo.
Na ocasião, o motorista Adelson Ribeiro se opôs ao PLP e criticou a postura dos sindicatos nas negociações, apontando a redução da expectativa de pagamento mínimo de R$70,00 para R$32,10.
“Vou reproduzir a fala do presidente da república no dia 4: “aqui nasce a maior central sindical do país, nasceu aqui o maior sindicato do país”. Esse mesmo sindicato, inicialmente, lutava por R$72 mas acabou aceitando R$32,10. Eu já ganhei, em Brasília, R$1,70 por km. Atualmente, o aplicativo me paga R$1,20. Agora terei que arcar com o INSS e sacrificar um dia de trabalho, além de enfrentar o aumento do imposto de renda após sete ou oito anos observando as plataformas reduzirem nosso ganho real. Durante dois anos de pandemia, tiveram a pachorra de cortar nosso ganho para R$0,90, quando eu já cheguei a ganhar R$1,70, e ainda terei que pagar INSS. Questiono: quem acredita que os 20% de INSS, que as empresas devem pagar, não sairão do nosso bolso?”