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Lady Driver: aplicativo de transporte para mulheres

fundo rosa com coração e LadyDriver escrito em branco

O Lady Driver é um app de transporte-mobilidade urbana que funciona apenas com motoristas mulheres atendendo outras passageiras.

Muitas ideias de negócios surgem de situações que os idealizadores enfrentaram em algum momento da vida. Infelizmente, às vezes os gatilhos partem de experiências ruins.

Esse foi o caso da até então nutricionista e agora empreendedora, Gabryella Corrêa.

Ao ser assediada por um motorista homem durante uma corrida de aplicativo, Gabryella não pôde mais se conformar com a situação.

A revolta e indignação não são exclusivas de Gabryella, já que os casos de assédio contra mulheres existem no transporte público e também no meio privado.

Segundo pesquisa conjunta do Instituto Locomotiva e do Instituto Patrícia Galvão em 2019, 97% das mulheres já foram assediadas no transporte e 69% das motoristas mulheres já afirmaram ter recusado corridas de aplicativos por se sentirem inseguras.

“O risco que a mulher corre dentro do carro onde o motorista tem todo o controle e ir para um caminho que ela não conhece, a coloca em um risco bastante elevado.” 

Jacira Melo, diretora-executiva do Instituto Patrícia Galvão, ao G1

Com toda essa indignação e os dados alarmantes, Gabryella lançou em 2017 o Lady Driver.

Objetivo do Lady Driver

Ainda que passe por questões profundas da sociedade o objetivo do app Lady Driver é simples: tornar o direito de ir e vir das mulheres mais seguro.

A forma que o aplicativo utiliza para fazer isso é aceitando apenas mulheres como motoristas. Homens podem participar de corridas no app apenas como acompanhantes de mulheres passageiras.

Dessa forma, o assédio deixa de ser um problema tanto para motoristas quanto para clientes.

O aplicativo, disponível para Android e iOS, já conta com mais de 60 mil motoristas cadastradas, 1 milhão e 500 mil downloads do app de passageiro e mais de 5 milhões de corridas solicitadas, segundo o site da empresa.

Os impressionantes números chamaram atenção internacional para o negócio de Gabryella, que foi citado em grandes meios como a revista financeira Forbes e o jornal britânico Financial Times, que apontou o Lady Driver como o maior aplicativo de transporte feminino do mundo.

Cidades onde o Lady Driver atua

Atualmente, o Lady Driver está presente em 49 cidades ao redor do Brasil e no estado de Maryland, nos EUA.

  1. Fortaleza
  2. Jundiaí
  3. Campinas
  4. Mogi Guaçu
  5. Santa Maria
  6. Taubaté
  7. Tremembé
  8. Guarulhos
  9. Franco da Rocha
  10. Francisco Morato
  11. Caiera
  12. Uberada
  13. Uberlândia
  14. Manaus
  15. Santo André
  16. São Bernardo
  17. São Caetano
  18. Mauá
  19. Diadema
  20. Barueri
  21. Osasco
  22. Carapicuíba
  23. Volta Redonda
  24. Pinheiral
  25. Petrópolis
  26. Miguel Pereira
  27. Paty do Alferes
  28. Salvador
  29. Lauro de Freitas
  30. Simões Filho
  31. Camaçari
  32. Mata de São João
  33. São José dos Campos
  34. Jacareí
  35. Joinville
  36. Caçapava
  37. Pindamonhangaba
  38. Goiânia
  39. Brasília
  40. Chapecó
  41. Cordilheira Alta
  42. Xaxim
  43. Xanxerê
  44. Montes Claros
  45. Maringa
  46. Sorriso
  47. Aracaju
  48. Sorocaba
  49. Curitiba

Buscando oferecer o serviço a ainda mais mulheres ao redor do Brasil, o Lady Driver está se expandindo através do licenciamento de “franquias”.

Franquias

A empresa permite que pessoas adquiram licenças para gerir o aplicativo em cidades onde ele ainda não se encontra, modelo de expansão conhecido como City Manager.

Esse gestor ou gestora passa a receber parte do lucro do app na cidade onde atua, e fica responsável por algumas funções:

  • Captar motoristas parceiras em sua cidade;
  • Treinamento e suporte local as motoristas;
  • Gerenciamento financeiro;
  • Investimento em Marketing;
  • Pós-venda (relacionamento);
  • Construção de um bom relacionamento com os estabelecimentos.

Projeção de lucro

Tabela de preço das franquias da Lady Driver
*Dados retirados diretamente do site do Lady Driver.

Funcionamento do app Lady Driver

Como dissemos, o diferencial do Lady Driver é se dedicar a um grupo específico.

Na questão prática, o app possui um modelo de funcionamento que já é padrão para apps do tipo. A cliente acessa o aplicativo, define o destino e solicita uma motorista, tendo acesso a informações como modelo do carro e nome e foto da condutora.

Captura de tela do aplicativo da Lady Driver
Captura de tela do aplicativo da Lady Driver

Para motoristas

A versão do aplicativo específica para motoristas, também é bem semelhante ao que já vemos no mercado.

Captura de tela do aplicativo da Lady Driver
Captura de tela do aplicativo da Lady Driver

O cadastro pode ser feito através do próprio aplicativo, mediante o envio de alguns documentos:

  • Carteira Nacional de Habilitação com observação “Exerce Atividade Remunerada”;
  • Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV) atualizado;
  • Cartão de crédito e conta bancária (para receber sua remuneração);
  • Atestado de antecedentes criminais (obtido na Polícia Civil);
  • Comprovante de residência no seu nome.

Como em outros aplicativos, a motoristas pode trabalhar com autonomia. Logo, o valor a ser recebido varia com o total de corridas feitas.

Além disso, as motoristas pagam uma taxa pelo uso do sistema que é cerca de 21% do valor de uma corrida.

O caso do Lady Driver é apenas mais um exemplo de como o setor da mobilidade urbana oferece oportunidades, no Brasil e no mundo.

Com um projeto de negócio em mente é possível melhorar a vida de milhões de pessoas, oferecendo além do transporte, experiências positivas para todos os clientes.

Vinícius Guahy

Vinícius Guahy é jornalista formado pela Universidade Federal Fluminense e coordenador de conteúdo do 55content.

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