Sergio Nery compartilha sua experiência de 7 anos pelas ruas de Salvador, revelando os desafios e as escolhas no dia a dia de quem vive ao volante.
Contexto: o texto a seguir reflete a realidade do motorista entrevistado e não de todos os profissionais da cidade mencionada
A equipe do 55 conversou com Sergio Ricardo Castro Nery, sobre como é ser motorista de aplicativo na cidade de Salvador, capital da Bahia.
Com seus 7 anos de experiência atrás do volante, ele compartilha insights sobre a vida de quem escolheu as ruas como local de trabalho. Desde as motivações iniciais, marcadas por adversidades econômicas e a busca por reinvenção profissional, até as preferências e desafios do dia a dia na estrada, Sergio desdobra a realidade de quem depende dos aplicativos de transporte.
Entre altos e baixos, a relação com passageiros e a análise criteriosa sobre onde, como e por que dirigir, ele oferece uma perspectiva abrangente sobre o cotidiano dos motoristas de aplicativo em Salvador.
1. Poderia se apresentar e nos contar há quanto tempo você trabalha como motorista de aplicativo?
Meu nome é Sergio Ricardo Castro Nery e sou motorista de aplicativo há 7 anos.
2. O que o motivou a começar a trabalhar como motorista de aplicativo?
Naquele período, enfrentei dificuldades para encontrar emprego devido à minha idade. Diante disso, adquiri um carro e iniciei um serviço de transporte para o Polo Petroquímico de Camaçari. Contudo, a operação Lava Jato surgiu e resultou na demissão de todos os trabalhadores terceirizados da Petrobras. Foi nesse momento que descobri o aplicativo Uber
3. Quais são os melhores lugares para pegar corrida? E quais são os piores? Explique porque.
Eu não faço escolha de lugares, para mim, todo lugar é bom. Nunca passei nenhum tipo de problema relacionado à localização.
4. Quais aplicativos rodam por aí? E qual é o preferido dos motoristas?
Uber, 99 e inDrive. O preferido pelos motoristas é a Uber.
5. Qual é a principal reclamação dos motoristas?
Valor das corridas e ultimamente a distância entre o local que estamos e ponto de partida da corrida. Isso porque o preço do combustível representa uma parcela significativa das despesas, reduzindo consideravelmente o lucro.
6. Quanto ganha, em média, um motorista na cidade?
No meu caso, entre R$2.500 e R$3.000 por mês.
7. Que tipo de corridas os motoristas da cidade odeiam? E quais eles mais gostam?
Eu não gosto de corridas curtas, prefiro as longas.
8. Em geral, como é a relação com os passageiros na cidade?
Normal, tem alguns problemas pois trabalhar com ser humano nunca é fácil.
9. Já trabalhou em outras cidades? Qual a diferença que sentiu?
Não, apenas em Salvador.