Washington diz que durante a noite quando a demanda é maior e o trânsito menos intenso, é possível alcançar uma média de R$40 a R$50.
Contexto: o texto a seguir reflete a realidade do motorista entrevistado e não de todos os profissionais da cidade mencionada.
Recife, a capital conhecida por sua faixa litorânea, também é um cenário promissor para motoristas de aplicativos, como Washington Brochardt. Com 40 anos de experiência em direção, Washington destaca como sua longa experiência o beneficia ao navegar pelas ruas históricas de Olinda, atraindo turistas o ano todo. Ele até sobre passar mais tempo dentro do carro do que fora.
Poderia se apresentar e nos contar há quanto tempo você trabalha como motorista de aplicativo?
Sou Washington Índio do Brasil Brochardt Filho, atuando como motorista de aplicativo há seis anos e meio. A minha experiência ao volante começou bem antes, tendo acumulado 40 anos de direção. Através desses anos, tenho me dedicado a facilitar o deslocamento de pessoas pela região metropolitana do Recife, especialmente em Olinda, uma cidade conhecida pelos seus encantadores pontos históricos e grande fluxo turístico.
O que o motivou a começar a trabalhar como motorista de aplicativo?
Inicialmente, a motivação veio da facilidade de entrar em um campo que já dominava: a direção. Dirigir sempre foi mais do que uma habilidade para mim; é uma paixão. Trabalhar como motorista de aplicativo me ofereceu a liberdade e a flexibilidade que buscava, permitindo-me conciliar outras atividades pessoais e profissionais sem grandes complicações.
Quais aplicativos você utiliza e qual é o preferido dos motoristas?
No meu cotidiano, utilizo principalmente Uber, 99 e inDrive. Cada um tem suas particularidades, mas a Uber se destaca pela sua popularidade, embora ofereça as menores tarifas aos motoristas. A inDrive, por outro lado, permite uma negociação mais livre dos valores das corridas, o que muitas vezes resulta em uma remuneração mais justa para o trabalho realizado.
Quanto ganha, em média, um motorista na sua cidade?
A média que calculo, baseando-me na minha experiência, gira em torno de R$33 por hora trabalhada. Claro, isso pode variar bastante dependendo do horário. Durante a noite, por exemplo, quando a demanda é maior e o trânsito menos intenso, é possível alcançar uma média horária de R$40 a R$50.
Que tipo de corridas os motoristas da sua cidade preferem ou evitam?
Preferimos corridas que ocorrem em horários de menor trânsito e que sejam pagas via cartão, pois agilizam o processo de embarque e desembarque. Por outro lado, as corridas que incluem múltiplas paradas são as menos desejadas, visto que elas funcionam como várias viagens em uma, mas somente uma é remunerada.
Em geral, como é a relação com os passageiros na sua cidade?
A relação com os passageiros é, na maioria das vezes, muito boa. Sempre faço questão de tratar todos com respeito e simpatia, pois acredito que um bom atendimento é fundamental quando se trabalha com o público. Apesar de ocasionalmente encontrar passageiros de mau humor, procuro manter a cordialidade, o que geralmente resulta em uma troca positiva de energia.
Já trabalhou em outras cidades? Qual a diferença que sentiu?
Sim, já trabalhei em várias cidades pela região e até fora do estado. Posso dizer que a experiência de dirigir em Recife e Olinda, apesar dos desafios como o excesso de buracos e lombadas, ainda é preferível para mim. O trânsito e a infraestrutura podem ser complicados, mas estou acostumado e sei navegar bem por essas áreas.