Last Mile Delivery é uma das principais e mais desafiadoras etapas de uma venda online: o momento anterior à chegada do produto nas mãos do cliente.
Comprar e vender um produto pela internet ou por um aplicativo nunca foi tão fácil.
Cada vez mais pessoas optam por realizar suas compras de forma online, e de produtos cada vez mais diversos.
Em 2019, segundo relatório da NeoTrust, as vendas online somaram 75,1 bilhões de reais, representando uma alta de 22,7% em comparação a 2018.
O estudo apontou que o ticket médio das compras não alterou significativamente. No entanto, a quantidade total de vendas aumentou, ou seja, os consumidores realizaram compras com mais frequência.
Em 2019, foram realizadas 178,5 milhões de compras online, 22,7% a mais do que em 2018.
A pandemia do coronavírus intensificou o processo. Em março de 2020, a imprensa já divulgava um aumento de 40% nas compras online, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Se antes, bens-duráveis eram quase exclusividade das compras pela internet, atualmente, isso mudou. Por meio de aplicativos como Rappi, já é possível fazer as compras do mês usando seu smartphone.
Aliás, itens como saúde e beleza impulsionaram esse aumento de compras pela internet durante a pandemia.
Segundo dados da empresa Compre e Confie, as compras online do setor de saúde cresceram 124% no mês de março de 2020, se compararmos com o mesmo mês de 2019.
Dessa forma, surgem grandes desafios. Talvez o maior deles, o deslocamento final do produto do centro de distribuição ou loja até as mãos do cliente.
Nesse cenário, as lojas de varejo investem em soluções para a Last Mile Delivey.
O que é Last Mile Delivery?
Last Mile Delivery é a expressão em inglês para a última milha da entrega, ou seja, o momento em que o produto sai da loja ou do centro de distribuição até chegar nas mãos dos clientes.
Nos últimos anos, esse tem sido o principal desafio das empresas que realizam vendas online.
Afinal, segundo estudos do Banco UBS, 55% do custo de operação de uma venda online é exatamente nessa etapa.
Se separamos a compra online em três partes, pesquisa pelo produto, pagamento e entrega, percebemos claramente que a última etapa apresenta maiores desafios.
Atualmente, há diversas plataformas ou aplicativos para vender seus produtos online. Da mesma forma, diversas empresas são especializadas no pagamento pela internet, sem grandes preocupações.
No entanto, a entrega ainda representa o principal desafio.
Em 2015, a demora e a não entrega já eram as principais reclamações dos consumidores online no Procon.
Alguns anos depois, não houve grandes mudanças. Em abril de 2020, o Procon de São Paulo ratificou que as principais reclamações seguem sendo as mesmas.
Assim, nessa corrida para elaborar a melhor experiência para os usuários, do momento da compra até a entrega do produto, as grandes redes já investiram alguns milhões.
Estudo traz experiências ao redor do mundo
O estudo The Last Mile: A nova aposta do varejo para se reinventar, produzido pelos pesquisadores Fabian Salun e Dalila Pereira, traz uma análise completa de soluções propostas por varejistas no Brasil e no mundo.
O Walmart, por exemplo, já realiza parcerias com motoristas independentes, que entregam os produtos da empresa na casa dos clientes.
Além disso, eles também já firmaram parceria com o Google, para utilização de seus carros autônomos no deslocamento de clientes de suas residências até lojas mais próximas.
Um modelo parecido foi testado pela Magazine Luíza que, em parceria com a 99, oferecia cupons de descontos para seus clientes pedirem um transporte pelo app até a loja mais próxima, e retirarem o produto comprado online.
O modelo de compra online e retirada na loja também vem sendo experimentado intensivamente. Segundo o estudo, a B2W, dona das Lojas Americanas, apontou que 50% dos clientes que compram online e se deslocam até uma loja física, acabam realizando outras compras.
Se por um lado a pandemia deve diminuir o fluxo em lojas físicas, por outro, tanto a retirada na loja quanto a entrega em casa pode ser uma boa alternativa para essa nova fase do mundo.
Através de um sistema de controle, é possível deslocar os clientes que desejam ir até a loja física, de forma que se evite aglomerações.
Do mesmo jeito, caso o cliente prefira receber o produto em casa, plataformas de entregas já realizam esse tipo de serviço.
A própria Magazine Luíza comprou, em 2018, uma empresa de logística especializada em entregas rápidas, a Logbee.
Na época da aquisição, o portal Startupi explicou que o objetivo era “integrar sua plataforma de entregas de encomendas leves, atualmente concentrada em São Paulo, com as cerca de 1500 transportadoras que trabalham com o Magazine Luiza no país”.
Assim, conseguimos identificar algumas tendências usadas para superar o desafio do Last Mile Delivery.
Descentralização e tecnologia
Não há dúvidas de que o caminho para superar esse desafio passa por um processo de descentralização da distribuição dos produtos e de uso de tecnologia de ponta.
Em relação ao primeiro item, devemos lembrar do modelo Ship from Store, que já tratamos aqui no blog.
Ele consiste em transformar as lojas das redes em pequenos centros de distribuição.
Dessa forma, quando um cliente faz uma compra online, o sistema identifica qual a loja mais próxima que conta com o produto desejado. Então, o produto é enviado a partir de lá.
A Amazon, por exemplo, buscou adquirir uma rede de lojas de alimentos orgânicos, o que permitiu que ela atendesse 70% da população dos EUA em até uma hora.
Isso vale tanto para os estabelecimentos que desejam atender um país continental, como Brasil e EUA, quanto para donos de redes locais.
Dessa forma, buscar uma plataforma tecnológica pode te ajudar.
Com a Machine, você gerencia sua própria frota de entregadores, cadastrando e disparando entregas para até nove enderenços em uma só rota.
Através do nosso sistema de mapas, você acompanha todo o deslocamento do entregador até a casa do seu cliente, deixando ele totalmente tranquilo em relação à agilidade da entrega.
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