27 milhões de pedidos realizados pelo iFood não são entregues pelo app, mas sim por empresas como a sua, e isso explica a importância da integração.
O iFood é o aplicativo de delivery mais popular no Brasil.
Segundo dados da própria empresa, após o início da pandemia, o aplicativo passou a ser responsável por 39 milhões de entregas mensais.
No entanto, o que muitas pessoas não sabem é que grande parte dessas entregas não são realizadas pelos entregadores iFood.
A empresa, atualmente, oferece dois planos: básico e entregas.
No plano básico, que concentra boa parte dos mais de 200 mil restaurantes parceiros da plataforma, o iFood disponibiliza apenas seu marketplace, ou seja, seu app para fazer as transações.
Porém, a entrega é de responsabilidade do estabelecimento, que pode ter sua própria frota ou contratar uma empresa de motoboys.
Isso acontece não apenas por uma questão de preço. Afinal, o plano básico possui uma taxa de 12% do valor do pedido, enquanto no plano entregas, o iFood fica com 27% da venda.
Também ocorre por conta da disponibilidade. Apesar do iFood estar disponível em mais de 1,7 mil municípios brasileiros, a plataforma de cadastro de entregadores não chega nem a 1% dessas localidades.
Assim, nesses municípios, não há outra opção: o estabelecimento assina o plano básico e fica responsável pelas entregas.
Segundo o iFood, a empresa realiza apenas 30% das 39 milhões de entregas mensais. Sendo assim, há uma oportunidade de negócio de 27 milhões de entregas todos os meses para as empresas de motoboys pelo Brasil.
Quando o iFood deixa de ser um concorrente
Para muitas cooperativas e empresas de motoboy, principalmente nas grandes cidades, o iFood se tornou uma grande concorrente.
Afinal, a empresa disponibiliza uma tecnologia de ponta, que conecta automaticamente restaurantes a motoboys cadastrados na plataforma.
Dessa forma, os estabelecimentos, principalmente os que tem um volume grande de entregas diárias, pode até preferir assinar o plano entregas do app, com a vantagem de não ter outras preocupações.
Porém, como falamos na introdução do texto, o iFood é, antes de tudo, um marketplace. Não à toa, nasceu como “páginas amarelas”, como você pode ver no artigo sobre o principal aplicativo de Food Delivery do Brasil.
Por isso, é importante observar essa oportunidade de negócio, os locais e estabelecimentos que o iFood atende, mas não entrega.
Em entrevista ao nosso blog, Bruna Basseggio, dona da Juma Entregas, explicou que não enxerga o iFood como uma concorrente, mas como uma parceira.
Afinal de contas, empresas e aplicativos de motoboys, como a própria Juma ou a Loggi, não possuem marketplace. Já o iFood e a 99food ou não possuem entregadores em todos os locais ou nem todos seus clientes desejam usar a base de entregadores delas.
Explicamos essas diferenças no mercado dos apps de entregas em um texto aqui no blog.
Dessa forma, uma grande vantagem para essas empresas de motoboys é ter um sistema integrado em que o cliente possa vender pelo iFood e a entrega já seja encaminhada diretamente a um entregador da empresa.
Essa é a importância da integração com o iFood.
Sistema com integração iFood
As plataformas que atendem estabelecimentos comerciais com frotas próprias ou empresas de motoboys devem contar com um sistema integrado com o iFood.
Por isso, a Machine está caminhando para, nas próximas semanas, automatizar os pedidos feitos no aplicativo e redirecioná-los direto para a plataforma.
Assim, os clientes das empresas de motoboys e os estabelecimentos que usam a tecnologia poderão vender no iFood e disparar a entrega automaticamente para seus entregadores.
Com essa novidade, as empresas de motoboys que atuam em cidades onde o iFood não possui entregadores, poderão oferecer seus serviços de forma mais moderna aos restaurantes da cidade.
Eles vendem no iFood e a entrega consta automaticamente na plataforma da empresa.