Franquias e filiais são duas formas de expandir seu app de transporte ou de entregas. Por isso, vamos entender as vantagens e desvantagens de cada modelo.
Há algumas semanas, falamos aqui no blog como funciona o processo de criação de franquias ou filiais dos apps gerados com a tecnologia da Machine.
Esse é um interessante movimento de expansão de um aplicativo de transporte ou de entregas.
Como sempre gostamos de lembrar, ao fechar negócio com a gente, o empreendedor ganha o direito de atuar em uma determinada cidade.
Agora, caso ele queira atender outras cidades da região, é necessário adquirir o chamado adicional.
No entanto, esse modelo não permite que o gestor configure tarifas diferentes em cada local. Para isso, é necessário a abertura de uma franquia ou filial.
Por isso, vamos explicar hoje a diferença entre esses dois modelos, suas vantagens e desvantagens.
Afinal de contas, cabe ao gestor avaliar qual é o melhor caminho para o seu app.
Franquias
As franquias são uma extensão do estabelecimento, que não dependem totalmente da matriz.
Em uma expansão via franquia, o dono do aplicativo vende os direitos da marca e o uso dela para outros empreendedores, os franqueados.
Mas, mesmo nesse cenário, não é permitido descaracterizar a marca. É obrigatório seguir os padrões, políticas e respeitar a identidade visual da empresa.
Esse modelo de negócio é regulamentado pela Lei 8.955/94, conhecida como “Lei de Franquias”, ela caracteriza as franquias como: “o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semiexclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício.”
Pequenas e grandes empresas de diversos segmentos trabalham com franquias.
No início de 2020, a Associação Brasileira de Franchising (ABF), divulgou as maiores franquias do Brasil no ano anterior. As dez principais são, em ordem:
- O Boticário;
- McDonald’s;
- AM/PM;
- Cacau Show;
- Subway;
- Acquio;
- Lubrax+;
- Kumon;
- Jet Oil;
- CVC Brasil.
Assim que assina o contrato, o franqueado precisa pagar um valor chamado “taxa de franquia”. Esse valor é pago no ato da compra, apenas uma vez e é referente ao direito de uso da marca.
Mas não são todas as empresas que trabalham com este tipo de cobrança. Há, ainda, a “taxa de royalties”. Diferente da primeira, essa é cobrada mensalmente.
Se o franqueador não fornecer produtos ao franqueado, a taxa costuma variar entre 4% e 10% do faturamento bruto. Mas, se ele fornecer, o valor aumenta e gira em torno de 20% e 40%.
Vantagens
Para o franqueado, um dos pontos mais vantajosos é ter um nome já conhecido no mercado.
Afinal, para qualquer novo empreendedor, começar um negócio do zero significa construir credibilidade, reconhecimento e espaço no mercado.
Quando se trabalha com uma marca reconhecida, já se larga alguns degraus à frente.
No caso das franquias, os custos com publicidade, por exemplo, são divididos entre todos os franqueados da rede, o que torna o investimento menor.
Na maioria das vezes, os franqueados já recebem da matriz um plano de negócios — para seguir as diretrizes da marca. Para o pequeno empresário, esse auxílio no planejamento é um fator-chave para o sucesso do empreendimento.
Desvantagens
O maior ponto de inconveniência é a falta de flexibilidade no negócio — mesmo na franquia. Para garantir que as diretrizes e normas da empresa sejam seguidas, as operações de filiados e franqueados serão sempre fiscalizadas e controladas.
O potencial de inovação também é extremamente limitado. Mesmo que o empreendedor enxergue uma solução que pode ser muito vantajosa para o negócio, ele precisa seguir os mesmos produtos, serviços e estruturas operacionais da matriz. O máximo de liberdade, nesse sentido, é a apresentação da ideia. Mas ela não pode ser implementada sem aprovação da empresa.
Além disso, a localização do estabelecimento não é uma escolha livre do empreendedor. Ele pode, apenas, sugerir locais. E estes podem ou não ser aceitos pela matriz.
Filiais
As filiais são os estabelecimentos ou negócios que estão diretamente ligados à empresa matriz. Para que elas existam, é necessário investimento do gestor da matriz.
Assim, os lucros — e também os prejuízos — ficam por conta da matriz. Nesse caso, a empresa não cede os direitos de uso a terceiros, como no caso das franquias. Nesse caso, a matriz tem poder, por exemplo, de fechar a filial, se assim desejar.
Empresas como Coca-Cola, Fiat e Sony trabalham com filiais.
Vantagens
Assim como no caso das franquias, a empresa não está começando do zero. A filial geralmente é aberta porque a empresa está em expansão. Ser uma marca reconhecida no mercado já é um passo à frente nesta caminhada.
Com uma boa administração, é possível aumentar consideravelmente o faturamento da matriz.
Desde o ano passado, as empresas podem abrir filiais em outros estados instantaneamente no Brasil. Isso porque a integração digital das juntas comerciais possibilitou que o processo fosse feito online e em minutos, facilitando a vida do empreendedor.
Desvantagens
Diferente da franquia, quando um terceiro compra os direitos de uso da empresa, a abertura da filial é um processo da matriz. Na maioria dos casos, abre-se uma filial quando a marca está em expansão ou quando se pretende alcançar um público maior.
Nesse cenário, a filial segue sendo uma responsabilidade da empresa matriz.
Muita atenção será disponibilizada para esta “empresa filha”, o que pode ser algo desvantajoso neste primeiro momento.