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Dark Store: lojas sem público e voltadas às vendas online

Porta de vidro de uma loja, há uma mensagem adesivada escrito: yes, we are open. Ao lado está escrito, dark store: lojas sem público e voltadas às vendas online

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Dark Store é um modelo de negócio em que as lojas servem apenas como centro de distribuição, não há presença de vendedores ou compradores no local.

Imaginar um estabelecimento comercial de sucesso pode, imediatamente, remeter à lojas lotadas, repletas de vendedores ocupados com clientes ávidos por comprar.

No entanto, a tecnologia proporciona diversas “disrupturas” nos mercados do Brasil e do mundo. Nesse cenário, a compra online vem ganhando cada vez mais espaço na preferência do comprador.

A pandemia do Covid-19, no começo de 2020, apenas acelerou esse processo. Como já noticiamos aqui no blog, basta uma rápida pesquisa no Google com os termos “aumento de compras online” para encontrarmos uma série de manchetes informando os picos nas vendas durante a crise.

Afinal de contas, quem ainda não estava no e-commerce, seja como comprador ou como vendedor, se viu obrigado a partir para esse modelo, tendo em vista os fechamentos dos espaços físicos.

Por isso, com a popularidade dos canais de compra online, a modalidade das dark stores começa a aparecer com um enorme potencial.

Se você acompanha o blog da Machine, deve lembrar quando falamos sobre as Dark Kitchens. Se você ainda não leu sobre elas, confira assim que terminar de ler esse texto.

Basicamente, da mesma forma que as Dark Kitchens criaram o modelo de restaurantes sem espaço para fregueses ou garçons, as Dark Stores oferecem aos lojistas a possibilidade de criar um estabelecimento não aberto ao público, voltado somente para as vendas online.

Na Europa, esse modelo tem sido adotado principalmente por supermercados. Os clientes compram online e, dentro dos estabelecimentos, os chamados Personal Shoppers ou Pickers, realizam o trabalho de coletar os produtos.

O que é dark store?

Dark Store é um modelo de estabelecimento não aberto ao público, onde os produtos que lá se encontram são vendidos apenas online. Os compradores vão até o local, somente para fazer a retirada. Isso, quando não recebem diretamente em suas casas.

Esse modelo de comprar online e retirar na loja física é conhecido como click-and-collect ou “clique e colete”, em um tradução livre.

Ele não é uma novidade, visto que diversas varejistas já usam esse modelo.

Também não é novidade o envio dos produtos a partir das lojas. Como já falamos aqui no blog, o Ship from Store busca identificar a loja mais próxima do cliente, que comprou online, e despachar o produto a partir dela.

A intenção é acelerar a entrega. Assim, consegue garantir que o cliente possa receber seus produtos diretamente em casa, com o menor tempo de espera e, é claro, menor custo de frete.

Todos esses termos estão ligados. Afinal, as Dark Stores também são uma forma de resolver o desafio da última milha da entrega.

Segundo matéria publicada pela BBC Brasil, a diferença das Dark Stores para os centros de distribuição são seus tamanhos e distância do centro da cidade.

Enquanto os armazéns estão localizados distantes dos centros e, geralmente, possuem uma grande extensão, as Dark Stores são menores, do tamanho de uma loja tradicional, e dentro das cidades.

Aliás, muitas Dark Stores são lojas comuns que, por não gerarem muito retorno, são adaptadas para esse fim.

Por isso, podemos entender que são locais basicamente de armazenamento, coleta e envio, trazendo os produtos para mais perto dos clientes.

Principais desafios das Dark Stores

Segundo a matéria da BBC, os principais desafios desse tipo de estabelecimento são os custos e disponibilidade de locais apropriados para tal.

Por isso, segundo especialistas entrevistados, há uma tendência para esses estabelecimentos começarem a serem abertos em zonas não tão povoadas.

Além disso, para Aurélien Jacomy, CEO da consultoria de logística Diagma, 100 pedido diários é a nota de corte para um estabelecimento começar a pensar em ter uma Dark Store. Segundo ele, abaixo disso é possível manter a distribuição a partir do estoque.

Outro desafio apontado diz respeito a um possível impacto negativo que esse modelo traria às cidades.

Além do excesso de veículos nas ruas, a matéria analisa o possível impacto na diminuição do fluxo de pessoas andando pela cidade.

É interessante pensar que a questão foi levantada bem antes da pandemia. Por isso, diminuir o fluxo de pessoas é visto como algo negativo, o que nos dias de hoje foi repensado.

No entanto, mesmo em uma volta da normalidade, os especialistas dizem que o caminho apresentado é muito mais de um modelo misto do que de uma substituição.

Dessa forma, as lojas teriam uma parte aberta ao público e outra fechada, voltada justamente às vendas online.

Para Aurélien Jacomy, CEO da Synapcom, em artigo publicado no Ecommerce Brasil, o principal desafio das Dark Stores é a integração dos diferentes canais de vendas das empresas.

É preciso ter uma solução capaz de orquestrar e reunir todos os pedidos para identificar em todo o estoque a opção mais próxima e segura para aquela compra.

Aurélien Jacomy

Podemos entender que esse modelo é mais uma possibilidade para estabelecimentos comerciais que desejam inovar, e oferecer aos seus clientes um sistema integrado de entrega rápida e barata.

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