A economia compartilhada pode movimentar US$335 bilhões em 2025 e a mobilidade urbana é um dos impulsionadores desse modelo de negócio.
Você sabe o que é economia compartilhada? Em resumo, é um modelo econômico baseado no compartilhamento de recursos, serviços, experiências, etc. É o caso da Uber, do AirBnb e do Enjoei.
Segundo a consultoria Pwc, a previsão é que esse modelo movimente 335 bilhões de dólares em 2025. O número é 20 vezes superior ao levantamento de 2014. No Brasil, indicadores mostram que a economia compartilhada tem potencial de contribuir com mais de 30% do PIB de serviços.
De acordo com pesquisa realizada ano passado pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), 87% dos consumidores afirmam que a economia compartilhada é positiva para a vida das pessoas.
Assim, cada dia mais essa nova forma de negócio é incorporada naturalmente na vida das pessoas. Quando se trata de mobilidade urbana, os aplicativos de transporte não só estão inseridos na economia compartilhada, como também revolucionaram o modelo.
Aplicativos de transporte e economia compartilhada
Atualmente, os brasileiros gastam 14,6% de seus orçamentos mensais com transporte público. É o que diz a Pesquisa de Orçamento Familiares (POF), divulgada pelo IBGE no mês passado.
Apesar disso, os gastos com aplicativos de transporte também vêm crescendo com o passar dos anos. Ainda que seja, muitas vezes, uma alternativa mais barata, várias corridas via aplicativo por mês somam um montante considerável.
Isso não quer dizer, necessariamente, que as pessoas estão tendo uma falsa economia, mas sim que podem estar indo a mais lugares graças aos aplicativos de transporte.
Segundo a pesquisa Guia Bolso, apps de transporte já consomem até 10% do orçamento dos brasileiros. Logo, a economia compartilhada é cada vez mais potencializada pelos aplicativos de transporte.
Essa crescente está diretamente ligada, também, ao novo perfil dos consumidores de transportes públicos e privados.
Os novos adultos não querem carros próprios e buscam comodidade
A Universidade de Harvard, nos EUA, apontou uma queda de 12% na compra de carros entre as pessoas com menos de 35 anos entre 2006 e 2011.
Ao reduzir a análise apenas ao Brasil, nota-se que 65% dos brasileiros preferem solicitar corridas com um aplicativo de transporte ao invés de ter um carro próprio. Além disso, 77% deles são adultos entre 18 e 34 anos.
Quando se analisa não só a preferência mas a aquisição, de fato, apenas 28% dos adultos desta faixa etária que moram sozinhos ou com até uma pessoa têm veículos.
É perceptível que essa nova geração de adultos – a chamada Geração Z – mudaram a forma de se locomover pelas cidades. Assim, quem está empreendendo no mercado precisa entender o perfil desses novos consumidores e se adaptar a eles.
Um relatório feito pela Visa em fevereiro deste ano listou que entre os motivos pela preferência da Geração Z por apps de transporte estão os altos custos com combustível, estacionamento e manutenção de carros próprios. Além, é claro, da renda dessa parcela da população.
Dessa forma, a economia compartilhada vem se tornando uma poderosa forma de negócios e a mobilidade urbana uma grande aliada desse crescimento.