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Supermercados online e entregas com carros particulares

A crise provocada pelo novo coronavírus acelerou o crescimento dos supermercados online, mas ainda há uma dor a ser resolvida nesse setor.

Se, por um lado, o brasileiro começava a se acostumar em realizar compras de itens duráveis como eletrodomésticos, livros ou eletrônicos pela internet, as compras de produtos de supermercado ainda “engatinhavam”.

Segundo pesquisa do Banco UBS, citada no estudo “The last mile: a nova proposta do varejo para se reinventar“, apenas 1,3% dos brasileiros entrevistados haviam comprado algum item de supermercado pela internet no ano anterior.

Além disso, apesar das compras de alimento representarem 35% das vendas do varejo, a participação nas vendas online era de apenas 0,4% das vendas totais em 2018.

Para muitos, fazer suas compras do mês pela internet ainda era algo muito distante.

Afinal, além de ser uma atividade rotineira, ir até o supermercado é uma tradição para muitas famílias.

Isso, sem falar daquelas pessoas que gostam de olhar de perto a fruta, carne, legume ou verdura antes de adquirir.

Mundialmente, estudo da eMarketer apontava que na China, por exemplo, 6,2% das compras de supermercado já eram feitas online. O que é alto comparado ao Brasil, mas ainda baixo diante do seu potencial

Na época, os números mostravam que as compras de supermercado online cresciam de 5 a 6 vezes mais do que qualquer outro canal de vendas. Dessa forma, o potencial market share desse mercado poderia alcançar 48 bilhões de reais no Brasil.

A verdade é que a crise provocada pelo novo coronavírus acelerou essa expansão. Como medida de proteção, mesmo com os mercados abertos, algumas pessoas passaram a optar pelas compras online, como já indicam os números.

Dados apontam para o crescimento dos supermercados online durante a pandemia

Segundo pesquisa nacional realizada pela consultoria Ebit/Nielsen e publicada no portal de notícias G1, houve um aumento de 96% nas vendas de produtos de supermercado pela internet.

Os dados, colhidos entre 19 e 26 de março, ainda apontam que a participação do setor nas vendas online cresceu em três pontos percentuais, indo de 4% para 7%.

Os aumentos foram vistos em diversos tipos de produtos, como itens da cesta básica (165%), frios (106%), hortifrúti (93%), carnes (59%) e padaria (52%).

Porém, a matéria ainda aponta que o crescimento poderia ser ainda maior. Afinal, segundo pesquisa realizada pela consultoria Kantar, 78% dos entrevistados continuavam saindo de casa para realizar compras de supermercado.

Segundo a matéria, “isso se explica porque as gerações mais velhas acabam indo mais vezes ao mercado e já estão acostumadas a comprar pessoalmente o produto: olhar, tocar o alimento, ver qual corte de carne está mais apetitoso”.

A matéria ainda aponta que, apenas na cidade de São Paulo, as compras online de supermercado tiveram um crescimento de 107%, como mostram os dados da Associação Paulista dos Supermercados (Apas).

Já a operadora de cartão Elo, revelou que as vendas pagas pela rede nos e-commerces de supermercados aumentaram em 45% no primeiro dia de abril, em comparação com a média dos dias 5 de janeiro até 22 de fevereiro.

Durante a páscoa, o portal e-commerce Brasil divulgou que houve um aumento de 81% nas compras online de supermercado dentro da cidade de São Paulo.

Bem, já deu pra perceber que, de fato, a crise provocada pelo novo coronavírus provocou a ascensão das compras online de supermercado, o que, para os especialistas ouvidos pelo G1, é “um caminho sem volta para empresas e consumidores”.

No entanto, um velho problema segue acompanhando esse mercado: as entregas.

Entregas: o grande desafio das compras online

Se, por um lado os supermercados online vieram para ficar, por outro, há uma urgência a ser resolvida dentro desse setor.

Segundo o levantamento publicado pela Ebit/Nielsen, houve um aumento de 300% no tempo médio de entrega dos produtos.

Por não estarem com suas operações estruturadas, muitos supermercados foram pegos de surpresa com o pico da demanda.

A matéria do G1, inclusive, cita dificuldades dos estabelecimentos em oferecer aos clientes produtos vindo de lojas mais próximas, o modelo Ship From Store.

Segundo especialistas entrevistados, os pedidos online acabam chegando para centros de distribuições das empresas, e não no local mais próximo.

Dessa forma, fica evidente como o processo de entregas, que já falamos sobre algumas vezes aqui no blog, é uma dor cada vez mais latente no mercado.

As informações da Apas, publicadas no e-commerce Brasil, trouxeram que entre os supermercados pesquisados, a maioria apontou que a logística e a operação segue sendo o maior desafio do setor.

Inclusive, 56% dos estabelecimentos afirmaram que precisaram realocar mão de obra para atender a demanda.

Assim, modelos de negócios já surgem para atender esses estabelecimentos.

Um deles, é o uso de carros particulares para entregas.

Modelo adotado por multinacionais como Amazon e Walmart, não há muitas operações estruturadas no Brasil.

Dessa forma, surge uma excelente oportunidade de negócio para empreendedores e grupos de motoristas de aplicativos brasileiros.

Entregas com carros particulares

A plataforma da Machine permite que empreededores de todo o Brasil lancem seus próprios aplicativos de transporte e entregas, em um só lugar.

Dessa forma, é possível lançar seu próprio Uber, para atender passageiros da sua região, e também contar com um serviço de entregas que atende supermercados online da sua cidade.

Ao contratar a Machine, você recebe um aplicativo personalizado com sua logo, além de poder decidir suas tarifas e regras.

Através da sua plataforma, você libera acesso para seus supermercados parceiros.

Assim, quando eles precisarem de uma entrega, basta eles entrarem na plataforma e solicitar um motorista/entregador.

Vinícius Guahy
Vinícius Guahy
Vinícius Guahy é jornalista formado pela Universidade Federal Fluminense e coordenador de conteúdo do 55content.
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