Na última reunião do Grupo de Trabalho de Regulamentação, representantes dos entregadores apresentaram um documento com as propostas da categoria. Essa é a primeira vez em que os representantes dos entregadores apresentam suas reivindicações nas reuniões. O documento surge depois da insatisfação dos entregadores com as propostas sugeridas pelas plataformas.
As propostas dos representantes dos entregadores englobam reivindicações de remuneração mínima no valor de R$ 35,76 para motociclistas e R$ 29,60 para ciclistas, plano de saúde de R$ 44,00, seguro de vida com prêmios mínimos de R$ 41.000 e descansos semanais remunerados de R$ 208 para entregadores de moto e R$ 192 para entregadores de bicicleta. Além disso, a categoria também pede o fornecimento pelas plataformas de uma cesta básica mensal no valor de R$ 83,00.
Segundo as plataformas, o trabalho por aplicativo é uma nova forma de trabalho fundamentada na independência do trabalhador e que elas (plataformas) só intermediam a forma de trabalho. A Amobitec, uma das associações que representa as plataformas de entrega, foi a única a apresentar sua proposta para os entregadores. A associação pedia o valor de R$ 10,20 para entregadores de moto e R$ 6,54 para entregadores de bicicleta, sem nenhum benefício.
Agora, os documentos seguem para debate na próxima reunião, que acontece no dia 29 de agosto. A expectativa é que o martelo seja batido e que as empresas e os entregadores encontrem um consenso.
GT da Regulamentação
Criado em 01 de maio, o Grupo de Trabalho de Regulamentação é uma iniciativa do Governo Federal para tentar regulamentar a atividade de motoristas e entregadores por aplicativo. O grupo é composto por 45 integrantes, divididos em representantes do Governo, representantes dos trabalhadores e representantes das empresas. Entre os representantes das empresas, estão a Amobitec, Movimento Inovação Digital (MID), Organização das Cooperativas Brasileiras e a Associação Latino-Americana de Internet.
Já entre os representantes dos entregadores, estão trabalhadores escolhidos por centrais sindicais, sendo elas: Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores, Central dos Sindicatos Brasileiros, Central dos Trabalhadores do Brasil e Nova Central Sindical de Trabalhadores.
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