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quarta-feira, novembro 29, 2023

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Pequenas encomendas e sua utilização pela população

As compras online cresceram significativamente nos últimos anos. Por isso, a etapa da última milha da entrega segue sendo a mais desafiadora do processo.

Nos últimos anos, houve um aumento vertiginoso da demanda de pedidos online, e a ascensão da tecnologia e a popularização dos smartphones foram fatores importantes dentre os consumidores.

Nesse contexto, a questão da última milha da entrega é a mais desafiadora, pois é essa etapa que envolve os maiores custos e problemas acerca do tempo de entrega de encomendas nas áreas urbanas.

Diante disso, foi realizado um estudo exploratório sobre o tema; “Análise da adesão da população à utilização de um sistema de entrega de pequenas encomendas” é o título da pesquisa realizada por Miranda, Silva e Oliveira, da UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais.

Detalhes sobre o trabalho

O trabalho dos autores, sobre pequenas encomendas e sua utilização pela população, foi dividido em cinco partes.

A primeira parte, introdutória, apresenta o panorama do desenvolvimento da economia a partir da distribuição urbana de mercadorias, que passou a impactar, até mesmo negativamente, o dia a dia da população.

Os impactos negativos são referentes a congestionamentos e poluição, por exemplo, que são parte inerente a todo o processo. Contudo, para minimizar o problema, há investigações sobre soluções baseadas no desenvolvimento sustentável das cidades.

Portanto, até mesmo o comércio eletrônico é capaz de impulsionar, de forma positiva ou não, o desenvolvimento da população e das cidades.

O objetivo do trabalho foi estimar a demanda por um novo sistema de entregas de pequenas encomendas, baseado em Pontos de Entrega Inteligentes – PEI, e a pesquisa foi realizada com usuários da internet, sobre a possibilidade de adesão (ou não) a esse novo sistema de entregas.

Posteriormente, no capítulo sobre comércio eletrônico e o problema da última milha, os autores discorrem a respeito da insatisfação dos clientes com os prazos de entrega dos produtos adquiridos e, além disso, o custo pelo envio também se torna um fator decisivo no momento da compra.

A qualidade e segurança, nesse tipo de serviço, ainda são fatores bastante importantes, embora custos e prazos transpareçam como determinantes.

Os autores também explicam o que são os tais Pontos de Entrega Inteligentes: eles consistem em equipamentos nos quais os produtos podem ser deixados, até que os clientes possam retirá-los, por meio de códigos eletrônicos. Logo, a alternativa evita os problema oriundos das entregas nos centros urbanos, assim como corrobora para reduzir custos de distribuição.

A metodologia escolhida consistiu em uma investigação acerca da demanda para esse sistema de pontos de entrega inteligente, a qual reuniu 115 entrevistas com usuários da internet. Por meio de um questionário socioeconômico, foi possível obter diversas informações sobre os usuários.

Após explicações sobre a etapa da pesquisa com esses entrevistados, estratificados por gênero, idade e se compravam pela internet, os autores demonstraram os seus resultados e considerações finais.

As pequenas encomendas e a utilização pela população

Os pesquisadores afirmaram que, sim, é a larga distribuição urbana de mercadorias que coloca o comércio eletrônico como fator impulsionador da demanda atual por transporte urbano. Isso porque essa distribuição tem como objetivo atender à demanda, cada vez maior, por bens e serviços.

Diante da problemática urbana que o crescimento desse comércio pode causar, são necessárias algumas alternativas para diminuir, ao máximo, seus efeitos negativos sobre o tráfego nas cidades.

Por esse motivo, algumas cidades no mundo já adotam o serviço de pontos de entrega inteligentes. Ao avaliar a possibilidade desse serviço no Brasil, a pesquisa questionou os entrevistados sobre a adoção desse sistema.

Os pontos inteligentes poderiam ser implementados em lojas centrais de fácil acesso, com muitos usuários, como postos de gasolina e lojas de conveniência, por exemplo.

Um dos dados finais da pesquisa é que a maioria dos entrevistados declarou fazer compras pela internet pelo menos uma vez ao mês, enquanto parte dos entrevistados declarou não comprar online por motivo de segurança.

Outro dado importante sobre a pesquisa é que o fator rastreabilidade foi o único, de três atributos elencados, que obteve valorização positiva pelos usuários, enquanto o custo foi o fator mais desfavorável, na visão deles.

Quanto aos níveis de demanda de migração para esse novo modelo, a mínima ficou em torno de 5,9% e a máxima, 29,6%. Em suma, a adesão ao modelo de entregas de pequenas encomendas em PEI oscila entre 5 e 30%.

Por fim, cabe ressaltar que, diante dos dados obtidos na pesquisa, a viabilidade do modelo PEI só seria possível caso houvesse redução de custos, fator considerado preponderantemente negativo na adesão.

Você pode ter acesso ao trabalho completo nesse link.

Além do blog, você pode conhecer mais sobre o serviço de entregas pelo nosso canal no YouTube. Inscreva-se e aproveite!

Vinícius Guahy
Vinícius Guahy
Vinícius Guahy é jornalista formado pela Universidade Federal Fluminense e coordenador de conteúdo do 55content.
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