A empresa oferece assistência jurídica à família do entregador baleado e implementa políticas rigorosas contra violência e discriminação, visando a proteção e o bem-estar de seus parceiros.
O iFood publicou na última terça-feira (5) uma nota informando que não aceita violência contra entregadores parceiros e está prestando assistência jurídica à família do entregador Nilton Ramon de Oliveira, através de uma advogada da Black Sisters in Law, após um incidente.
A conta do cliente envolvido foi removida da plataforma. A empresa reforça que entregadores devem entregar pedidos no primeiro ponto de contato e está colaborando com o Secovi Rio desde 2023 em iniciativas para a conscientização e capacitação de moradores, porteiros e síndicos no Rio de Janeiro.
A empresa diz que expandiu também o suporte da Central de Apoio Jurídico e Psicológico, com serviços presenciais na sede das Black Sisters in Law, focando em assistência para profissionais afetados por violência. Além disso, uma nova Política de Combate à Discriminação e Violência foi introduzida, destacando condutas inaceitáveis, penalidades e proteção às vítimas, na esperança de que o caso de Nilton não fique impune e ele se recupere.
Segundo informações do G1, Nilton possui 24 anos e foi baleado na perna durante uma discussão com um cliente. Sua família informou que o tiro atingiu a veia femoral, uma artéria crucial que resultou em forte sangramento. Foi esclarecido por um parente que o projétil atravessou a perna do jovem, não necessitando de remoção.
A Secretaria Municipal de Saúde reportou que o estado de saúde de Nilton é grave. A família mantém a esperança de que, após sua estadia na UTI, ele possa ser transferido para um quarto hospitalar e comece a receber visitas.
De acordo com o G1, Nilton, que trabalha com entregas na região da Praça Saiqui, repleta de bares e restaurantes, foi realizar uma entrega em uma rua gradeada. Ao chegar, o cliente solicitou que Nilton levasse o pedido até a porta de sua casa. Nilton recusou, alegando que isso não era parte de suas obrigações, e uma discussão se iniciou através de mensagens no aplicativo.
Quando o policial (cliente) se recusou a se encontrar fora do portão, Nilton seguiu o procedimento de devolução do pedido pela plataforma e retornou à loja. No entanto, foi seguido pelo PM.
O confronto começou na Praça Saiqui, onde Nilton gravou o incidente. Embora a gravação mostre a arma do policial, o disparo não foi captado. Jeferson Coimbra, um atendente, testemunhou o momento em que o PM efetuou o disparo.