A Loggi é um aplicativo de entregas via motoboy que conecta estabelecimentos e pessoas físicas a entregadores cadastrados.
Publicado em 04/11/2020 – Atualizado em 24/11/2021
O setor de entregas brasileiro está em pleno crescimento.
Uma das principais empresas do ramo é a Loggi.
De acordo com um estudo de 2020 do Google apresentado no Brazil at Silicon Valley, que menciona as startups mais procuradas no buscador, das principais, todas eram de delivery: iFood, Rappi, Liv Up e Loggi.
Na época, inclusive, a Loggi teve aumento de 94% nas buscas. Mas o sucesso não se restringia a pesquisa, já que os negócios da empresa cresceram 390% ao longo daquele ano, segundo a revista Exame.
A startup é uma plataforma de entregas via motoboy. Ela funciona como uma intermediária conectando clientes a entregadores.
História da empresa
Em entrevista ao portal StartSe, o fundador da Loggi, Fabien Mendez, destrinchou a própria história e a da empresa que fundou e preside até hoje.
Fabien começou a trabalhar como analista de fusões e aquisições na J.P Morgan, uma das principais consultorias financeiras do mundo. Oriundo do mercado financeiro, após conseguir um emprego, veio morar no Brasil, e logo, começou a empreender no país.
Contratado como executivo da BNP Paribas, maior banco de investimento da França, desembarcou na capital paulista como funcionário, mas tempos depois decidiu abrir seu próprio negócio.
Curiosamente, apostou no mercado de transporte de passageiros por aplicativo, com o app GoJames. No entanto, em um país em que até então nem a Uber atuava e sem a regulamentação apropriada (que era quase inexistente), o negócio não durou muito. Porém, a enorme vontade de empreender permaneceu.
Segundo o blog da Loggi, ao observar o intenso fluxo de motoboys no país e as falhas na organização e no processo de entrega como um todo, decidiu investir no ramo para otimizar a operação.
Com a nossa tecnologia, qualquer pessoa ou empresa poderá mandar seus pacotes para todo o Brasil com baixo custo.
Fabien Mendez, fundador e CEO da Loggi.
Assim, o app passou a facilitar a vida de pessoas físicas e jurídicas. Bastava baixar o aplicativo, encontrar um mensageiro disponível e dar todas as instruções para entrega ou retirada de pacotes, encomendas ou documentos.
Mais recentemente, em Fevereiro deste ano, a empresa recebeu um investimento de R$ 1,15 bilhão. Com o aporte, liderado pela companhia de investimentos CapSur Capital, a Loggi chegou a um valor de mais de US$1 bilhão recebidos em seus 8 anos de operação.
Com investidores como, SoftBank, Microsoft e GGV Capital, a startup ingressou no seleto grupo dos unicórnios brasileiros – empresas avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares.
Como funciona a Loggi?
A Loggi é um app de logística com o objetivo de intermediar entregas de pessoas jurídicas ou físicas.
Dentro do aplicativo, o cliente vai solicitar uma entrega e um entregador vai aceitá-la.
Com o pedido aceito, a Loggi envia uma mensagem de texto ou e-mail com os dados da remessa e o cliente pode rastrear o produto, do estoque até o trajeto do entregador.
Além das entregas pessoais, a empresa trabalha com escritórios, e-commerces e restaurantes.
Com seus mais de 40 mil motoristas cadastrados e galpões espalhados por todo o Brasil – incluindo um hub de 25.000 m², em Cajamar (SP) – a Loggi tem estrutura logística para atender negócios de todos os tamanhos.

A empresa disponibiliza notas fiscais e relatórios de trajeto.
Para motoristas
Para registrar o interesse em ser um entregador, a pessoa precisa seguir três passos simples:
- Baixar o app “Loggi Para Entregador”;
- Preencher os dados;
- Enviar fotos dos documentos solicitados.
O cadastro também pode ser feito a partir do site da startup. Clique aqui para acessar.
Lembrando que a empresa exige que seus entregadores estejam cadastrados como MEI e possuam a observação de Exercício de Atividade Remunerada (EAR) na CNH.
Pagamento
A Loggi trabalha com duas formas de pagamento: repasse semanal ou mensal.
No primeiro caso, a empresa deposita o dinheiro na conta dos entregadores entre quarta e sexta-feira. O valor é referente ao que foi realizado na semana anterior, ou seja, até domingo às 23h59 (de Brasília).
O valor mínimo de repasse é de R$9,90. Contudo, existe uma tarifa fixa de R$8,90, referente aos custos operacionais do repasse semanal.
Caso o valor mínimo não seja atingido, a tarifa não é cobrada e o dinheiro não é repassado – é preciso acumular até atingir esse valor mínimo.
Já no repasse mensal, o entregador recebe o pagamento na primeira quarta-feira útil do mês.
Nesse caso, o valor é referente a todos os ganhos do mês anterior. Diferente do repasse semanal, nessa categoria não se cobra tarifa fixa pela operação.
Algumas informações que a Loggi disponibiliza a respeito do repasse:
- O repasse pode ser feito uma vez por semana ou uma vez por mês.
- O repasse semanal tem uma tarifa de R$ 8,90 toda semana.
- Você pode conferir no extrato do seu aplicativo seus ganhos e quanto recebeu por cada rota feita.
- Todo pacote tem que ser entregue até 22:00 do dia da coleta, se não puder, devolva na agência. Os pacotes que não são entregues ou devolvidos têm o seu valor descontado da oferta inicial.
- A empresa não faz o envio do repasse para Conta Fácil da Caixa ou Contas salário em geral.
- A conta cadastrada precisa estar no nome de quem se cadastrou na Loggi e ser vinculada ao MEI dessa pessoa.
Para transportadoras: Loggi Leve
A Loggi também firma parcerias com empresas, uma espécie de terceirização local das entregas.
O programa, chamado Loggi Leve, já conta com 1000 empresas parceiras.
Para se cadastrar, basta acessar o formulário disponível no site, ou clicar aqui. Depois de aprovado, o dono da conta se tornará o usuário administrador e poderá incluir seus funcionários na plataforma.
Para fazer parte do Leve, é necessário:
- Um espaço para recebimento e separação de mercadorias.
- Celular com sistema operacional Android para registro das entregas.
- Computador e leitor de código de barras para acesso ao sistema operacional de entregas.
- Uma equipe de entregadores.
Para clientes
O cadastro para clientes ocorre exatamente da mesma forma para todos: empresas e pessoas físicas.
Para realizar pedidos, basta clicar na aba “Novo pedido”. Nesta aba será inserido o endereço do local de retirada da encomenda.
Em seguida, é possível detalhar as instruções para o entregador, especificando se é um pacote ou um documento, quem é o responsável, etc. Caso deseje, o cliente pode rastrear o pedido e ser informado através de notificação por e-mail ou SMS.
O próximo passo é preencher as informações do local de entrega, seguindo os mesmos passos do local de retirada. Contudo, caso o pedido tenha mais de dois pontos, clique em “+” e repita o mesmo processo.
A próxima etapa é informar se o mensageiro vai precisar realizar outras funções além da entrega, como, por exemplo, ir ao correio, cartório etc.
A forma de pagamento varia dependendo do tipo de cliente que está enviando. Por exemplo, escritórios podem pagar via cartão de crédito (Visa, Mastercard, Elo, Amex e Hipercard), PayPal ou faturamento mensal.
Já e-commerces podem pagar exclusivamente pelo faturamento mensal, um boleto com o valor conjunto dos pacotes enviados ao longo do mês.
Preço
O valor varia de acordo com a cidade da entrega.
A Loggi oferece um valor inicial, mas se houver mais de um ponto no trajeto, a forma de cobrança passa a ser: valor fixo + km rodado + pontos adicionais.
Em seu site de suporte, a empresa disponibiliza a seguinte tabela:

Cidades em que opera
Em plena expansão, a empresa opera em todas as capitais do país, além de outros 2.100 municípios do Brasil.
Até o final do ano, a Loggi espera estar ativa em 3.000 cidades brasileiras.
Para saber sobre todas as cidades em que a empresa opera, é preciso ser um entregador parceiro e clicar na aba “Fazer uma entrega” no app.
Por lá estão listadas todas as regiões disponíveis.