O iFood é o app mais usado para solicitar refeições no Brasil. O aplicativo bateu a marca de 60 milhões de pedidos em um só mês.
Publicado em 04/09/2020 – Atualizado em 10/01/2022
Se você já solicitou uma refeição via aplicativo, é muito provável que tenha utilizado o iFood.
Afinal, segundo pesquisa da consultoria CVA Solutions, com quase 3 mil pesquisados em 12 cidades brasileiras, 71% dos entrevistados afirmaram que o iFood é o aplicativo mais usado para solicitar comida.
Em comparação aos outros players do mercado, o app brasileiro está bem na frente. O segundo colocado é o Uber Eats, que anunciou que encerrará suas operações no Brasil, com 18% de preferência, seguida pela Rappi com 5% e a 99food com 2%.
A realidade é que o iFood virou sinônimo de food delivery no Brasil, e não é à toa, seus números impressionam.
Apesar da tendência de alta já há alguns anos, foi durante a pandemia que o aplicativo da empresa de Campinas, Movile, viu seus números crescerem exponencialmente.
Em Abril de 2021, o iFood anunciou um crescimento de 100% em um ano, com mais de 110 mil restaurantes cadastrados em sua plataforma nos últimos 12 meses. Em Março, já eram 270 mil estabelecimentos que utilizavam a plataforma.
O primeiro trimestre de 2020 foi a consolidação do crescimento do app de delivery. Segundo dados da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box, o iFood foi o app de compras que mais cresceu durante o início da pandemia, o que culminou no marco de 60 milhões de entregas realizadas por mês.
Para efeito de comparação, em Julho de 2020 o iFood, que já era líder em delivery online de comida na América Latina, tinha média de 30,6 milhões de pedidos mensais.
Junto ao crescimento, aparecem novos desafios.
A história do iFood
Segundo o site institucional do iFood, a empresa nasceu em 2011 e longe dos meios digitais.
O embrião daquilo que se tornaria o principal aplicativo de food delivery do Brasil foi o Disk Cook, um guia impresso de cardápios, que conectava clientes a uma central telefônica. O usuário ligava e fazia o pedido.
Porém, um ano depois, o serviço foi transferido para os meios digitais, com um aplicativo e um site.
Foi então que apareceu o grupo Movile, uma das principais redes de empresas de tecnologia do Brasil, que em 2012 realizou um importante aporte financeiro no projeto.
A partir daí, o iFood passou a crescer mais a cada ano e, em 2015, bateu seu primeiro milhão de pedidos em um só mês.
Esse número, hoje, parece pouco para a quantidade de entregas recebidas mensalmente pelo app.
No ano seguinte, o iFood já estava realizando 2,8 milhões de pedidos mensais. Um ano depois, esse número já era de 6,1 milhões. Em 2018, 13 milhões. Em 2019, 20 milhões.
No entanto, 2020 foi o ano que deu início a maior virada da história do iFood. Segundo a própria empresa, a marca de 39 milhões de entregas por mês foi batida nesse período.
Números do iFood
Com o passar dos anos, é fácil observar o crescimento dos números da empresa.
Afinal, como já falamos, em cerca de 5 anos, o iFood passou de 1 milhão de pedidos mensais para a incrível marca de 39 milhões e em menos de 10, para 60 milhões.
Atualmente, a empresa está disponível em mais de 1,7 mil municípios do Brasil. Confira a lista completa das cidades atendidas aqui.
Falando em entregadores, o iFood tem cerca de 410 mil entregadores.
Desse número, 160 mil são entregadores cadastrados na própria plataforma, ou seja, estão aptos a receber pedidos dos clientes do plano Entregas, e 250 mil são cadastrados fixos dos restaurantes.
Aliás, já são mais de 270 mil restaurantes cadastrados em território nacional.
O crescimento da empresa também pode ser visto no número de colaboradores. O número de funcionários do iFood já ultrapassa 4 mil, entre suas operações no Brasil e na Colômbia, outro país atendido pelo app.
O impacto do aplicativo no Brasil
Além dos números que mostram o crescimento da empresa, há dados que provam o impacto do serviço no país.
É muito comum ouvir dizer que o iFood foi ferramenta importantíssima em um processo de mudança dos hábitos de consumo. De fato foi, mas essa não é a única maneira que o aplicativo influenciou a vida dos brasileiros.
Tendo isso em mente, o iFood encomendou à Fundação Instituto de Estudos Econômicos (FIPE), uma pesquisa que tinha como objetivo mensurar o impacto do app em três áreas principais:
- Impacto em R$ da entrega de comida no PIB brasileiro;
- Ganho médio dos entregadores iFood em comparação com a remuneração no mercado tradicional;
- Dados & curiosidades sobre a relação iFood – entregador.
O estudo revelou que as operações da empresa movimentaram R$31,8 bilhões em 2020 – o equivalente a 0,43% do PIB nacional, consolidando a empresa não só como o principal nome do delivery brasileiro, mas como uma grande marca nacional.
“A pesquisa indicou que o iFood gerou cerca de 730 mil postos de trabalho, o equivalente a 0,72% da população ocupada em 2020. A cada 100 empregos diretos, são gerados 60 empregos adicionais na economia brasileira, o que inclui os efeitos indiretos e induzidos na cadeia de valor associada ao iFood”.
Além disso, foi indicado que os ganhos médios dos entregadores por hora trabalhada no iFood são 165,5% maior que a remuneração por hora que esses trabalhadores teriam no mercado tradicional.
No iFood, acreditamos que o desenvolvimento do nosso negócio está diretamente relacionado com o desenvolvimento do país, com a geração de renda e de novas oportunidades para todos.
Lucas Pittioni, diretor de Políticas Públicas do iFood.
Quais são as soluções do iFood?
Quando falamos de lugares onde o iFood está disponível, nos referimos ao número total dos locais em que o iFood disponibiliza algum dos seus serviços.
Na maior parte dos municípios, o iFood está disponível apenas no plano Básico, aquele em que o restaurante vende pelo app, mas precisa entregar com uma frota própria ou uma empresa de motoboys terceirizada.
No caso do plano Entrega, em que o entregador parceiro do iFood realiza o delivery, está disponível apenas em algumas cidades do Brasil. Em metrópoles, como Rio e São Paulo, o iFood divide a localidade em regiões específicas da cidade, como Zona Sul, Ilha do Governador e assim por diante.
Mas, ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, o iFood não oferece apenas um marketplace ou uma plataforma de entregas.
Como empresa, o iFood também oferece outras soluções, que são:
- Loop: serviço de compras de refeições baratas com antecedência;
- Mercado: serviço de compras de supermercado pelo app;
- Shop: compras de insumos para restaurantes;
- Empresas: pagamento corporativo de refeições pelo app;
- Refeição: o vale-refeição do app;
- Card: cartão presente para refeições dentro do app;
- Box: compra de refeições via box, em que o cliente faz a retirada usando um código.
O que significa iFood?
A palavra iFood é a junção da letra i, que remete à tecnologia, inovação e/ou internet, com Food, do inglês, comida.
Não à toa, a empresa se declara como uma Food Tech, ou seja, uma empresa que usa a tecnologia para resolver os desafios do mercado de alimentação.
Uma das recentes inovações foi o uso de drones para entregas. O projeto, realizado em parceria com uma empresa brasileira do setor, teve seu piloto na cidade de Campinas, interior de São Paulo, e conectou um pequeno trecho da logística de entregas do aplicativo em um shopping local.
Em meados de dezembro de 2021, a empresa passou a operar entregas com drones na cidade de Aracaju, capital de Sergipe.
Serão realizados diariamente voos de drones com mais uma inovação: a entrega intermunicipal, com o diferencial de atravessar o rio Sergipe. Ligando a capital ao município de Barra dos Coqueiros, saindo do shopping Riomar Aracaju, transformando uma rota que varia de 25 a 55 minutos por via terrestre, em apenas 5 minutos e 20 segundos pelo ar. O projeto acontece em parceria com a empresa Speedbird Aero, responsável por fornecer e operar as aeronaves não tripuladas.
iFood News
Segundo a empresa, o voo ocorre em um percurso pré-estabelecido – de um ponto de decolagem e pouso do equipamento, reduzindo em média 70% do tempo total nas rotas. A partir do ponto de retirada do droneport, o entregador segue nos modais tradicionais (moto, bicicleta ou patinete) e transporta até a casa dos clientes.
Como funciona o iFood?
O mercado de entregas via aplicativo funciona no tripé: cliente, entregador e restaurante.
Dessa forma, vamos falar como a plataforma funciona para cada parte desse sistema.
Para restaurante
É importante relembrar que o iFood possui dois planos:
- Básico: apenas com marketplace;
- Entregas: Marketplace e entregas.

O iFood está disponível em mais 1,7 mil municípios brasileiros.
Dessa forma, devemos explicar como funciona separadamente cada plano.
Os estabelecimentos que assinam o plano básico, pagam uma taxa de 12% sobre o valor de todos os pedidos e mais 3,2% em pedidos com pagamento via iFood.
Além disso, caso o local fature mais de 1,8 mil reais por mês, é cobrada uma mensalidade de 100 reais.
No plano entregas, o estabelecimento paga uma taxa de 23% sobre o valor de todos os pedidos e, caso fature mais de 1,8 mil reais no mês, uma mensalidade de 130 reais.
Para fazer o cadastro do restaurante, basta acessar o site https://restaurante.ifood.com.br/restaurante.
Por lá, o proprietário do estabelecimento envia as informações para o iFood e realiza a assinatura do contrato online. Em seguida, ele configura o restaurante dentro da plataforma, informando dados do cardápio, pagamento e horário de funcionamento.
Além disso, é dado um treinamento online sobre a ferramenta, chamada de gestor de pedidos.
O iFood ainda informa que para operar na plataforma é necessário:
- CNPJ válido e CNAE no ramo alimentício;
- Conta bancária vinculada ao CNPJ (ou ao responsável legal, em caso de MEI);
- Computador com Windows (a partir do 7) ou celular Android;
- Internet para receber os pedidos.
Para entregador
Para os entregadores, o cadastro no iFood é realizado através do aplicativo “iFood para entregadores”, disponível na Play Store.
Primeiramente, é solicitado um cadastro com dados simples, como CPF, nome, e-mail e senha. Nesse momento, ele também realiza o aceite dos termos de uso.
Em seguida, o entregador informa se ele será móvel ou fixo, ou seja, se atenderá apenas um estabelecimento (operador logístico) ou ficará à disposição dos restaurantes do plano entregas (entregador nuvem).
Além disso, ele informa a região em que irá atuar e com que veículo será feita a entrega.
Durante o cadastro, é solicitado:
- Foto do rosto;
- Contato de emergência;
- Foto da CNH;
- Dados bancários.
Após ser aprovado, o entregador está apto para trabalhar pela plataforma.
Segundo o iFood, em maio de 2020, um entregador ganhou em média R$ 22,98 por hora trabalhada e R$ 9,77 por hora logada.
Ao contrário dos aplicativos de transporte, a empresa não abre os valores das suas tarifas.
As únicas informações que o iFood passa em seu site, em relação aos ganhos dos entregadores, é que o valor mínimo da entrega é de 5 reais.
Além disso, eles falam que o cálculo da tarifa é feito baseado na seguinte conta: retirada do pedido no restaurante + entrega para o cliente + distância rodada. E o valor pode variar de acordo com:
- O número de pedidos, caso haja agrupamento;
- O perfil da cidade;
- A hora e dia da semana;
- O modal (carro, moto, patinete ou bicicleta).
Os repasses são realizados semanalmente, às sextas até 20h, calculados de acordo com os ganhos de segunda à domingo.
Para o cliente
Para os clientes, o iFood não tem muito mistério.
É possível baixar o aplicativo na Play Store, para Android, e na Apple Store, para IOS.
Com o aplicativo baixado, basta selecionar o restaurante de sua preferência e realizar os pedidos.
Geralmente, o aplicativo oferece cupons de desconto para os primeiros pedidos, além de promoções-relâmpago para incentivar o uso do app.
Também é possível filtrar o restaurante por tempo de entrega, preço, categoria do alimento, formas de pagamentos e muito mais.
Aliás, falando sobre formas de pagamentos, o iFood disponibiliza diversas opções para o cliente pagar tanto na hora da entrega quanto pelo próprio app.
Para saber em quais cidades o serviço está disponível, consulte o site da empresa.