Fala aí, motorista! Floripa na área. Você não vai acreditar, mas a Uber arregou e voltou atrás na lista de carros para 2026. Pois é. Ela mexeu na lista de novo, só que dessa vez não foi porque quis, não. Foi porque sentiu a pressão. E essa pressão veio de quem? De nós, motoristas. Então senta aí e vem comigo pra entender o que rolou, o que mudou e, principalmente, por que isso é tão importante pra gente.
O que aconteceu?
Todo fim de ano é a mesma história: a Uber mexe na lista de carros, entra modelo, sai modelo, e sempre tem gente que sai no prejuízo. Só que dessa vez ela exagerou. Pensa comigo: de 2024 pra 2025, ela colocou o Citroën Basalt na lista do Black. O carro era bonito, o preço era bom, muita gente viu uma oportunidade, correu no financiamento, 36, 48, até 60 parcelas, acreditando que ia rodar no Black e compensar a parcela mais alta.
Aí chega o fim de 2025 e o que a empresa faz? “Ah, pensei bem e não quero mais esse carro no Black.” Do nada. Sem aviso, sem prazo, sem alternativa. Aí eu te pergunto: que raio de parceria é essa? Somos “motoristas parceiros”, né? Mas na hora de tirar o carro, a tal parceira some.
Recuo da Uber?
A galera ficou indignada, e com razão. Começou a pipocar vídeo na internet, motorista reclamando, desabafando, mostrando o absurdo. E hoje, você sabe, basta uma chuva de vídeos pra história viralizar. O barulho foi tanto que o caso saiu até em site grande, como o Auto Esporte, mostrando motoristas revoltados porque o carro que compraram não rodava mais no Black.
Resultado: a Uber teve que recuar. Voltou atrás. Mudou a lista pra 2026. Não foi milagre, não foi boa vontade, foi pressão. Pressão dos motoristas, pressão das redes, pressão da mídia. E o que ela fez? Mudou tudo? Claro que não. A Uber nunca entrega tudo de bandeja.
Ela só voltou com o Citroën Basalt pro Black. E antes que você comemore, calma lá. Tem pegadinha.
“Presente” com prazo de validade
O Basalt vai continuar no Black, mas só pra quem já tiver o carro cadastrado até 31 de dezembro de 2025. Esses vão poder rodar no Black durante o ano de 2026. No dia 1º de janeiro de 2027, acabou a brincadeira: tá fora da categoria. Quem tentar cadastrar o carro depois de 1º de janeiro de 2026 já não entra mais.
Ou seja, a Uber deu 12 meses de carência. Um fôlego. É justo? É o ideal? Não. Mas pelo menos o cara que investiu pesado agora tem um tempo pra respirar, decidir se vende, se troca ou se segura o carro. Ainda assim, é só um paliativo. Quem faz financiamento de quatro ou cinco anos quer rodar com o carro até quitar, e isso a Uber não considerou.
Sabe qual é o verdadeiro aprendizado dessa história?
Mas o mais importante não é o Basalt, não é a lista, nem o prazo. O que realmente importa aqui é o precedente que a gente abriu. Pela primeira vez em muito tempo, a Uber recuou por pressão. E isso só aconteceu porque teve união. Porque a galera gravou vídeo, compartilhou, curtiu, comentou. Porque o barulho foi tão grande que até a imprensa tradicional se meteu.
E aí a Uber pensou: “Pera lá, a gente foi meio sacana nessa, melhor se reposicionar.” E foi o que ela fez. Não resolveu o problema inteiro, mas deu um passo atrás. E isso mostra que quando o motorista se une, ele tem força, mais força do que imagina.
Agora, pensa: somos mais de 2 milhões de motoristas. Se 20%, 25% se unissem de verdade, você tem noção do estrago que daria? A gente mostraria que o jogo não é só deles, que a gente também tem voz.
Então, pra mim, o que aconteceu com o Basalt é simbólico. É um lembrete de que, quando a gente fala junto, a empresa ouve. E quando a empresa ouve, ela muda, nem que seja um pouquinho.
Concorda comigo ou não concorda? Sou maluco ou tenho razão? Deixa nos comentários. Quero saber muito a sua opinião.