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Motorista pede limite de 20% nas taxas da Uber e 99 e regras claras sobre ganhos em debate na Câmara

Paulo Xavier Junior, da FEMBRAPP, defendeu uma fórmula de cálculo que garanta ganhos justos e opção de contribuição pelo MEI.

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Notícia
Informações objetivas sobre fatos relevantes para o mercado de mobilidade, com apuração direta da redação.
Homem de terno escuro e óculos fala ao microfone durante audiência pública na Câmara dos Deputados. Na legenda, aparece seu nome, “Paulo Xavier Junior”, e sua afiliação à Frente de Apoio Nacional aos Motoristas Autônomos.
Paulo Xavier Júnior Foto: Reprodução/YouTube

Paulo Xavier Junior, presidente da Federação dos Motoristas do Brasil por Aplicativos (FEMBRAPP) e da Federação das Associações de Motoristas Autônomos (FAMA), defendeu que a regulamentação dos trabalhadores de aplicativos estabeleça ganhos reais e previsíveis para os motoristas.

O posicionamento foi apresentado durante o debate sobre regulamentação dos trabalhadores por aplicativo, realizado nesta terça-feira (07) na Câmara dos Deputados.

Segundo Xavier, a principal expectativa da categoria é que a legislação defina uma equação justa de remuneração, considerando quilômetro rodado, tempo e tarifa base, e limitando a retenção das plataformas em até 20%.

“O ponto principal que todos nós, motoristas por aplicativo, esperamos dessa regulamentação é com relação aos ganhos”, afirmou.

Propostas da FEMBRAPP para o texto da regulamentação

De acordo com a FEMBRAPP, o documento entregue à comissão sugere uma fórmula de cálculo dos ganhos que permita ao motorista arcar com custos operacionais e contribuições previdenciárias. A federação argumenta que, embora o poder público não possa interferir diretamente na precificação das empresas privadas, é possível estabelecer parâmetros mínimos de remuneração.

A proposta também inclui a opção de o motorista contribuir ao INSS por meio do regime de Microempreendedor Individual (MEI), ou, quando não elegível, pela contribuição individual. Segundo a entidade, o modelo do MEI já é utilizado em estados como Alagoas, Rio Grande do Norte e Natal, onde motoristas têm acesso a isenção de IPVA e linhas de crédito.

Retenção e contribuição das plataformas

Outro ponto destacado por Xavier foi a retenção sobre as corridas, que, conforme o texto inicial da regulamentação, está fixada em 30%. A FEMBRAPP defende que o percentual máximo permitido seja de 20%, por considerar que esse limite seria suficiente para equilibrar custos e repasses aos motoristas.

A federação também declarou apoio à contribuição patronal das plataformas ao INSS, com base no faturamento obtido sobre as corridas.

Continuidade das discussões na Câmara

As propostas foram entregues ao presidente e relator da comissão especial, responsável pela análise do projeto. Segundo a FEMBRAPP, as entidades continuarão participando das discussões e audiências públicas para garantir que os pontos apresentados sejam incorporados à versão final do texto.

“A maioria dos motoristas não se opõe à regulamentação, desde que ela garanta ganhos justos e a opção pelo modelo do MEI”, disse Xavier.

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Redação 55content

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