12km por R$15? Uber no Paraguai não é muito diferente da Uber no Brasil

Motoristas de app do Paraguai preferem usar o app Bolt, que cobra uma taxa de 15% por corrida, ao invés da Uber que cobra até 25%. 

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Opinião
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Motorista dentro do carro gesticulando com a mão enquanto são exibidas na tela informações de corrida: “12 km total, 15 reais, 1,25/km”.
Foto: Samuel de Almeida para 55content

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Olá, pessoal! Tudo bem com vocês? Hoje eu quero compartilhar uma experiência diferente, mas não menos importante. É curioso, mas também muito interessante saber o que acontece em outras cidades e até em outros países.

Estou aqui na Ciudad del Este, no Paraguai. Foz do Iguaçu fica a aproximadamente oito quilômetros daqui, com a Ponte da Amizade logo à minha esquerda.

Como sempre, vou contar para vocês sobre minha experiência como passageiro nos aplicativos de mobilidade por aqui. Os dois principais apps usados são o Uber e o Bolt – esse último é muito mais comum aqui do que no Brasil. A Uber também está presente, mas os motoristas relataram que ela cobra uma taxa mais alta, algo entre 23% e 25%. Por isso, muitos preferem trabalhar com o Bolt.

Apesar disso, achei a cidade bastante segura, e estou tendo uma experiência única. Costumo vir com frequência, já que meu filho mora aqui. Estou aproveitando o feriado para passar um tempo com ele. Conversei com vários motoristas, e inclusive vou mostrar uma experiência com um deles, revelando como funcionam as corridas pela Uber por aqui.

Eles se queixam principalmente dos preços baixos e da distância que precisam percorrer para buscar passageiros. Em alguns casos, isso atrapalha bastante. Depois, quero saber o que vocês acham.

Aproveitando, já deixo aqui um recado para a Uber: é preciso melhorar um pouco as condições por aqui. Em uma das conversas, um motorista do Bolt me contou que aqui não há muitos protestos ou paralisações. Eles até tentaram organizar algo do tipo, mas não houve adesão. Alguns param, outros não, e no fim das contas, não dá certo. Nada muito diferente do que acontece no Brasil, né? É sempre difícil promover uma paralisação que realmente pressione as empresas a melhorarem as condições para os motoristas.

Sobre os valores, a moeda local tem uma conversão de aproximadamente 1.345 guaranis para cada real. Nosso real acaba valendo um pouco mais, e essa diferença é perceptível nas corridas. Mostrei para vocês os valores das viagens, e acredito que sejam equivalentes aos praticados no Brasil.

Outro ponto interessante é a diferença nas taxas de comissão: enquanto a Uber cobra cerca de 25%, o Bolt cobra em torno de 15%. Isso faz muita diferença para os motoristas, que obviamente preferem trabalhar com a opção que rende mais.

Se você pedir um Uber por aqui, pode levar cerca de 15 minutos para que o carro chegue. Já o Bolt é praticamente instantâneo. Parece que em cada esquina tem um motorista disponível.

Eles também comentaram que o excesso de motoristas no Bolt acaba diluindo os ganhos, e por isso os valores por corrida poderiam ser melhores. Quanto aos veículos, a maioria que vi por aqui é da Toyota e Nissan. No entanto, alguns estão bem desgastados, inclusive com estofamento em más condições. Dá para ver que os motoristas enfrentam dificuldades. Alguns trabalham em tempo integral com o Bolt, enquanto outros usam o app como fonte de renda extra — algo bem parecido com o que acontece no Brasil.

Há também categorias como Comfort e Moto — com motos para transporte de passageiros e até para frete, tal como vemos no Brasil. E, sim, a famosa opção de “pagar na próxima” também existe aqui. Vi uma situação em que a passageira não tinha troco, e o motorista apenas disse que ela poderia pagar depois. Então, é algo que também acontece.

Em relação à segurança, tive uma experiência rápida que quero compartilhar: consegui baixar o aplicativo do Bolt e pedir uma corrida, mesmo sendo minha primeira vez. Eles pedem documentação e uma selfie. Fiz o pagamento em dinheiro nessa primeira viagem, o que funcionou normalmente.

Com o app da Uber, consegui usar minha conta brasileira de passageiro e foi bem fácil. Consegui encontrar um motorista rapidamente, mas por conta do tempo acabei não realizando a corrida. Fiz apenas duas viagens pelo Bolt, ambas com tarifa mínima — mostrei para vocês como foram os valores.

Outra coisa que percebi: nem sempre o carro que chega é o mesmo que foi informado no app, e às vezes nem é o mesmo motorista. Quando questionei, alguns disseram que estavam usando a conta do irmão, e o carro era de outra pessoa.

Quando questionei alguns motoristas, eles disseram que a conta usada no aplicativo era do irmão e que o carro era de outra pessoa. Pelo que percebi, isso parece ser algo comum por aqui — o uso de contas emprestadas. Não sei se chega a ser o caso de contas falsas, mas, de acordo com o que me explicaram, são contas compartilhadas entre pessoas.

É isso, gente! Tenho muito mais coisa para contar para vocês, então continuem acompanhando a gente. Quero agradecer ao site 55content, que está nos dando voz para que possamos compartilhar essas experiências vividas em uma cidade diferente, Ciudad del Este, e em um país diferente, o Paraguai. Aqui estou utilizando o aplicativo Bolt, que cobra uma taxa de 15% dos motoristas.

Esses valores são bem equivalentes aos do Brasil. Não notei grandes diferenças — não achei mais barato, mas também não achei mais caro.

Na Uber, existe o famoso preço dinâmico, o que também acontece por aqui. Inclusive, mostrei esse trecho da minha corrida com o motorista. Já no Bolt, segundo informações que recebi, não há esse preço dinâmico, mas existem incentivos e promoções. Os motoristas também comentaram que as gorjetas são bem recebidas por aqui.

Beleza, gente? Vocês podem ver que as ruas aqui são bem tranquilas. O pessoal comenta que a segurança é muito boa mesmo. Apesar de muitas casas serem bem protegidas, com portões e cachorros, o clima da cidade é bem pacato.

Vamos seguir compartilhando outras experiências com vocês através do nosso canal também, o canal Falando de Apps. É só continuar nos acompanhando.

Tamo junto! Um abraço, fiquem com Deus!

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