Investigada: Uber terá que revelar se sua comissão é mesmo de 25%, como a empresa alega, ou se é de 30% a 35%

Uber será investigada por bloqueios injustificados de motoristas com bom desempenho e sem direito à explicação. Empresa terá que revelar quantos motoristas realmente possui no Brasil e quanto vem faturando em cima do nosso trabalho.

Homem de barba curta e cabelo escuro usando boné preto e camiseta preta, sentado no banco do motorista de um carro. Ele está usando cinto de segurança e parece estar falando ou gravando um vídeo.
Foto: Fernando Floripa para 55content

Um órgão do governo decidiu investigar a Uber e colocou a empresa contra a parede, exigindo uma série de esclarecimentos. A Uber agora precisará revelar quantos motoristas realmente possui no Brasil e quanto vem faturando em cima do trabalho desses profissionais. A grande dúvida é: será que finalmente a verdadeira taxa de comissão da Uber será revelada? Além disso, a empresa também deverá explicar por que, nos últimos cinco anos, tem bloqueado milhares de motoristas sem direito à defesa ou qualquer explicação.

Segundo relatos, a situação da Uber está ficando complicada. Um órgão fiscalizador do governo brasileiro está investigando a empresa e exigindo informações importantes, como o número total de motoristas cadastrados no país. A suspeita é que a empresa possa ter mais motoristas do que realmente precisa, o que prejudicaria aqueles que dependem das corridas para sobreviver. Outro ponto crucial dessa investigação é o faturamento da Uber no Brasil. Muitos se perguntam se a comissão média realmente é de 25%, como a empresa alega, ou se, na verdade, chega a valores entre 30% e 35%. A discussão é válida e desperta curiosidade entre motoristas e usuários.

Essa investigação também traz à tona uma das maiores reclamações dos motoristas: os bloqueios injustificados. Diversos relatos apontam que motoristas com bom desempenho, avaliações altas e histórico impecável foram bloqueados sem qualquer explicação ou direito à defesa. Isso gera um clima de insegurança entre os motoristas, que se sentem desamparados diante de uma empresa que, apesar de se dizer parceira, age de forma arbitrária, podendo bloquear qualquer um de forma repentina e sem aviso prévio.

A denúncia que deu início a essa investigação foi feita pelo StopClub, empresa responsável pelo aplicativo Gigo. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) recebeu essa denúncia e começou a investigar a Uber para entender se a empresa está agindo de forma justa e equilibrada no mercado. O papel do CADE é garantir a livre concorrência e evitar práticas abusivas, como monopólios, cartéis e abuso de poder econômico.

Essa situação levanta um debate sobre a transparência da Uber, já que a empresa parece definir taxas e repasses de acordo com seus próprios critérios, sem deixar claro como calcula os valores pagos aos motoristas. Além disso, existe a preocupação com a falta de transparência nos bloqueios. Motoristas que investem em veículos, mantêm boas avaliações e trabalham de maneira correta podem ser bloqueados sem qualquer justificativa.

O CADE foi acionado exatamente para investigar essas práticas e, caso as denúncias sejam consideradas procedentes, a Uber terá que se adequar às regras. A empresa poderá ser obrigada a ser mais transparente em relação às taxas cobradas, os ganhos dos motoristas e o processo de bloqueio, garantindo ao menos o direito de defesa para os motoristas penalizados.

Essa investigação pode ser um divisor de águas para os motoristas de aplicativo no Brasil, trazendo mais equilíbrio e justiça para aqueles que dependem dessa atividade. A expectativa é de que a Uber, se for considerada culpada, seja obrigada a agir de maneira mais transparente e justa. Se a empresa não se adaptar, pode até enfrentar sanções mais severas.

E você, o que acha dessa situação? A investigação do CADE pode ser extremamente positiva, forçando a Uber a adotar práticas mais justas com seus motoristas parceiros. Muitos torcem para que, caso a empresa continue desrespeitando seus motoristas, ela seja obrigada a mudar ou, em última instância, perder espaço no mercado.

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Fernando Floripa

Fernando Dutra, conhecido como Fernando Floripa, é motorista de aplicativo em Florianópolis e referência nacional para motoristas. Desde 2016, ele compartilha dicas e conteúdos nas redes sociais, alcançando quase 1 milhão de seguidores no YouTube, Facebook, Instagram e TikTok. Casado e pai de três filhos, com formação em Ciências da Computação e Administração, ele trabalha ativamente como motorista e incentiva a união da categoria, consolidando-se como um influenciador na área de mobilidade.

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