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Motoristas de app de SP faturam em média R$ 8.571,43 e lucram R$ 4.319,19, diz pesquisa

No Rio de Janeiro, o faturamento médio mensal é de R$ 7.200 mensais, com lucro de R$ 3.304,93 e carga horária semanal de 54 horas.

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Notícia
Informações objetivas sobre fatos relevantes para o mercado de mobilidade, com apuração direta da redação.
Passageira sorridente usando o celular enquanto é conduzida por um motorista de aplicativo que também sorri durante a corrida.
Foto: Divulgação/Uber

O uso de serviços de transporte individual, como táxis e aplicativos de mobilidade, aumentou 137% na região metropolitana de São Paulo entre 2017 e 2023, segundo a pesquisa Origem e Destino (OD) do Metrô de São Paulo. O levantamento indica que as viagens diárias nessa modalidade passaram de 468 mil para 1,1 milhão, ultrapassando o volume de deslocamentos por trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que caíram 13% no mesmo período, atingindo 1 milhão de viagens em 2023.

O crescimento do uso de aplicativos de transporte é mais expressivo entre famílias com renda de até R$ 5.280 (equivalente a quatro salários mínimos em 2023). Para aquelas com renda de até dois salários mínimos (R$ 2.640), o aumento foi de 166%, passando de 53 mil para 141 mil viagens diárias. Já entre famílias com renda entre dois e quatro salários mínimos, o crescimento foi de 164%, alcançando 375 mil viagens diárias, tornando esse grupo o principal usuário desses serviços, superando faixas de renda mais altas.

Um levantamento da fintech social GigU, especializada no apoio a motoristas de aplicativos, apontou que esses trabalhadores em São Paulo possuem um faturamento médio mensal de R$ 8.571,43. Após os descontos com gastos operacionais, como combustível e manutenção, o lucro líquido é de R$ 4.319,19. Segundo a GigU, esses profissionais dedicam, em média, 60 horas semanais à atividade. No Rio de Janeiro, o faturamento médio registrado é de R$ 7.200 mensais, com lucro líquido de R$ 3.304,93 e carga horária semanal de 54 horas.

“O que vemos é que muitos trabalham em jornadas extensas para aumentar seus ganhos, mas acabam impactados pelo desgaste físico e emocional, além dos altos custos de operação”, afirma Luiz Gustavo Neves, cofundador e CEO da GigU, sobre os desafios enfrentados pelos motoristas.

A pesquisa OD também indicou que o aumento do transporte individual ocorre em meio a investimentos públicos e recomendações de especialistas que incentivam o uso do transporte coletivo. O estudo revelou que o tempo médio de deslocamento por transporte individual cresceu de 26 para 28 minutos. Algumas regiões, como o norte da Grande São Paulo, incluindo Cajamar, Caieiras e Franco da Rocha, apresentaram um aumento de 700% no uso de táxis e aplicativos, enquanto o transporte coletivo teve uma queda de 7,6%.

Os dados indicam uma mudança nos padrões de mobilidade urbana, com um crescimento expressivo na preferência pelo transporte individual, especialmente por aplicativos, mesmo entre as faixas de renda mais baixas.

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Redação 55content

O 55content é o maior portal de jornalismo sobre aplicativos de transporte e entregas do Brasil.

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