Só na 99, foram realizadas 400 milhões de corridas de mototáxi em 2023.
Nos últimos anos, o mototáxi tem ganhado popularidade como uma alternativa rápida e econômica aos transportes tradicionais em várias cidades brasileiras. O surgimento de aplicativos de transporte que oferecem esse serviço, como Uber Moto e 99Moto, impulsionou ainda mais essa modalidade.
No primeiro semestre de 2023, por exemplo, a demanda por corridas de mototáxi aumentou 14% em comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com um levantamento da Gaudium, empresa de tecnologia focada em mobilidade urbana e logística.
Até agosto de 2023, Minas Gerais liderava como o estado com mais usuários de mototáxi, com um faturamento de R$ 14 milhões, seguido por Rondônia (R$ 6 milhões) e Pará (R$ 4 milhões). No total o setor de mototáxi movimentou R$ 28,4 milhões, representando um aumento de 23% em relação ao ano anterior.
Esse crescimento não é recente. Entre 2021 e 2022, a demanda por viagens de mototáxi cresceu 84%, com destaque para a região Sudeste, que faturou R$ 17 milhões em 2022.
O levantamento também apresentou o ranking de faturamento regional dos serviços de mototáxi em 2021 e 2022. Em 2021, o Nordeste liderou com R$ 8 milhões, seguido pelo Norte (R$ 6 milhões) e Sudeste (R$ 5 milhões). Em 2022, o Sudeste assumiu a liderança com R$ 17 milhões, enquanto o Nordeste e o Norte tiveram faturamentos de R$ 9,9 milhões e R$ 9,5 milhões, respectivamente.
Ser motoboy ou mototáxi?
Rayanderson Santos trabalha em Belo Horizonte como mototaxista e relembra sua trajetória: “Eu trabalhava como CLT em um laboratório óptico, e comecei a fazer uns extras com o Uber Moto. Vi que o extra estava rendendo mais do que o CLT, então pedi demissão do meu emprego e fiquei só na Uber Moto. Hoje em dia, trabalho menos horas e ganho mais.”
Segundo ele, as principais vantagens ao rodar de Uber Moto, em relação aos outros aplicativos, como o iFood, é ficar menos tempo na rua para obter um bom resultado e não existir tanta burocracia na forma de trabalho.
“No iFood, por exemplo, tenho que esperar o pedido ficar pronto no estabelecimento, tirar o celular do suporte, tirar a chave da ignição, descer da moto e entrar no estabelecimento, e depois entregar o pedido para o cliente. No Uber Moto, eu não preciso ficar tirando o celular do suporte toda hora, não tiro a chave da ignição e mal desço da moto. Então, acho que essa é a vantagem. Faço dinheiro mais rápido.”
Rayanderson conta que os desafios que enfrenta diariamente rodando de Uber Moto estão relacionados ao trânsito. “Corro muito risco, infelizmente, porque há muitos carros que mudam de faixa sem dar seta. É o trânsito que dificulta um pouco a segurança. Em relação à manutenção, a manutenção da moto é tranquila”, lamenta.
Robson Henrique Ribeiro de Souza também é mototaxista e trabalha em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ele explica por que optou por essa profissão: “Eu não aguentava mais a pressão do CLT, eu trabalhava em uma grande empresa em Belo Horizonte. Porém, trabalhar de segunda a sábado eu já não aguentava mais, por mais que eu tivesse salário razoavelmente bom, não estava mais confortável ali.”

Foto: Arquivo pessoal
Segundo Robson, a vantagem de trabalhar como mototaxista, que foi crucial para sua saída do regime CLT, é ter mais tempo para si próprio e para sua família. “Isso pesou muito e faz uma grande diferença na qualidade de vida.”
Ele diz que os desafios de ser mototaxista incluem manter a atenção constante e nunca desviar o foco, pois qualquer distração pode resultar em acidentes. “Garanto a segurança dos passageiros trabalhando pela manhã. A manutenção também é vantajosa, já que a moto é até dez vezes mais barata que um carro”, completa.
Guilherme Tigre de Jesus também é mototaxista e trabalha em Belo Horizonte. Ele conta que iniciou o trabalho no ramo para complementar a sua renda, pois tem trabalho fixo.
Questionado sobre as vantagens de ser mototaxista em comparação com outras modalidades de aplicativo, Guilherme diz: “Comparando com outras modalidades, como o delivery, a vantagem é que não precisamos esperar por pedidos demorados em restaurantes, o que resulta em um bom rendimento diário.”
Ele comenta que são muitos desafios, principalmente riscos de acidentes e manutenção de moto: “No entanto, não vejo risco desde que a manutenção da moto esteja em dia. Muitos passageiros, porém, não sabem andar de garupa, o que aumenta o risco devido à falta de estabilidade. Por isso, sempre orientamos todos os passageiros para garantir a segurança.”
“De 5 a nota da segurança no mototáxi é 2,5 ou 3”
A vendedora Alice Vianna é usuária frequente do serviço de mototáxi em Niterói. De acordo com ela, o que a fez optar pelo serviço de mototáxi é a rapidez e o preço mais baixo: “Atualmente eu só uso mototáxi dentro de Niterói. Eu costumava atravessar a ponte para o Rio de Janeiro, mas tive experiências não muito legais.”
Ela afirma que, em termos de segurança, daria uma nota entre 2,5 e 3 estrelas para o serviço de um total de 5. “Dou essa nota baixa porque os capacetes nem sempre estão em bom estado de manutenção. Isso é pelo menos o caso da Uber. Não tenho o aplicativo da 99 no meu telefone. No entanto, acho conveniente em termos de custo-benefício, rapidez e preço baixo. Quando peço um Uber, geralmente estou com pressa, então, nesse sentido, é conveniente.”
Ela diz que para melhorar, acredita que deveria haver um alarme ou algo semelhante que emitisse um som alto quando o mototaxista estivesse indo muito rápido, colocando a vida do passageiro em risco. “Além disso, poderia haver alguma punição, como a suspensão de corridas após tais incidentes. Já tive uma experiência negativa onde queimei a perna no cano de descarga e o mototaxista arrancou de forma brusca na ponte”, completa Alice.
“Mototaxistas deveriam oferecer toucas descartáveis”
Sabrina Crespo dos Santos também é uma passageira regular do serviço de mototáxi, usando a modalidade no Rio de Janeiro. “O mototáxi é uma opção mais rápida para se locomover, especialmente durante os horários de pico, garantindo que eu chegue pontualmente aos meus compromissos.”
Segundo ela, atualmente, a segurança desse serviço melhorou consideravelmente devido à obrigatoriedade do uso de capacetes, e os motoristas de aplicativos estão, em geral, mais cautelosos.
“Minha única sugestão é que todos os mototáxis ofereçam toucas descartáveis para proteção dos cabelos, evitando o risco de contaminação por piolhos e outras questões de higiene”, completa Sabrina.
“Reduziu a demanda por corridas”, diz motorista de app
Os motoristas de aplicativos afirmam sentir o impacto do mototáxi em seu dia a dia. “No início, o impacto foi modesto, mas atualmente observamos um grande número de motos circulando e muitos passageiros utilizando o serviço, especialmente em trajetos curtos e áreas com tráfego intenso. Isso reduz a demanda por corridas de outras modalidades, pois há um novo concorrente disputando espaço, oferecendo preços mais baixos. Em um momento de crise no país, é natural que as pessoas optem pelo serviço mais econômico”, relata o motorista e influenciador Fernando Dutra.
O motorista e influencer Cláudio Sena diz que o impacto foi significativo nas categorias X da Uber e Pop da 99, pois estas oferecem os preços mais baixos e, portanto, competem diretamente com os serviços de aplicativos de moto. “Por outro lado, nas categorias Comfort e Black, não notei nenhum impacto”, diz.
“Não vale a pena trabalhar como motociclista por app”
Adailson Couto, presidente da Associação dos Motociclistas Profissionais da Bahia, diz que o serviço de mototáxi e a precariedade do trabalho em motocicleta, no geral, trazem consequências irreparáveis para a saúde laboral dos motociclistas, podendo até resultar em morte. “É preciso que os governos estabeleçam regulamentações para as empresas, pois é inadmissível que as fintechs desrespeitem as leis trabalhistas e negligenciam o Código Nacional de Trânsito, obrigando os motociclistas a usarem celulares enquanto pilotam. As empresas incentivam essa prática ao abrir leilões de corridas”, explica o presidente.

Foto: Arquivo pessoal
Além disso, Adailson diz que o mercado de motofrete está saturado com mão de obra. “69% dessa força de trabalho possui menos de 6 meses de CNH. Em qualquer outra profissão menos perigosa, exige-se pelo menos 90 dias de trabalho para o profissional ser considerado experiente”, aponta.
Para ele, atualmente, não há vantagem em trabalhar como motociclista por aplicativo, pois a rentabilidade é quase nula. A manutenção das motocicletas pós-pandemia teve um aumento significativo. “Por exemplo, o kit de transmissão, que antes custava R$70,00 a R$80,00, agora custa no mínimo R$160,00, e sua durabilidade, que era de pelo menos 3 meses, hoje, devido ao volume de corridas, é reduzida para apenas 2. Além disso, o número de acidentes é alarmante, chegando a 8 por dia na cidade de Salvador, o que é um absurdo”, afirma.
“Pressa excessiva aumenta a insegurança”
Rafael Calabria, especialista em mobilidade urbana e gestão de cidades, destaca a importância da segurança viária ao abordar a questão dos táxis. Segundo ele, “para começar a abordar a questão do táxi, é necessário se debruçar sobre o tema da segurança viária, e não de uma forma alarmista, coercitiva ou exagerada, querendo proibir”. Calabria enfatiza que o cenário de segurança no trânsito no Brasil é “muito precário, mal atendido e mal resolvido”. Ele ressalta que quem dirige moto se coloca em grande risco devido às altas velocidades e vias permissivas.
Para Calabria, garantir a segurança é essencial, pois o mototáxi inclui um cliente que pode se envolver em acidentes e fatalidades. “A situação está muito desorganizada e precisamos de mais ações para a redução da velocidade”, afirma. Ele também menciona a necessidade de regulamentar os aplicativos que pressionam os motociclistas a cumprirem prazos apertados, não permitindo tempo suficiente para paradas e ajustes: “Por exemplo, os aplicativos que hoje determinam muito firmemente um tempo apertado para o motociclista cumprir uma entrega ou serviço precisam ser regulados, garantindo que esse tempo o permita parar no semáforo, ajustar algo, e assim por diante. É importante que haja um tempo de respiro no deslocamento para evitar a necessidade de acelerar demais.”

Foto: Divulgação/Idec
O especialista propõe políticas para controlar a velocidade e uma fiscalização eficaz das motos, que são frágeis. Ele sugere melhorias na geometria viária para reduzir vias expressas e conflitos de velocidade, como nas marginais de São Paulo. Calabria reconhece que o debate é complicado, pois muitos motociclistas defendem a alta velocidade, mas acredita que não é impossível de resolver:
“É um tema difícil, com visões contraditórias dentro do próprio setor, mas não é impossível de corrigir, apesar de alguns técnicos mais antigos do setor de transportes tentarem argumentar o contrário. É um tema que demandará muito trabalho para corrigir ao ponto de tornar o motociclismo na cidade de São Paulo absolutamente seguro.”
O especialista ainda afirma que o motociclista utiliza um veículo que pode ser inseguro devido à sua grande agilidade no trânsito. Ele destacou que “a moto consegue dirigir no corredor e fazer trocas de faixa rapidamente, assim como a bicicleta, mas a moto é motorizada.” Essa agilidade permite velocidades muito altas, o que pode ser vantajoso para entregas rápidas de pessoas ou cargas. No entanto, ele alerta que “essa pressa excessiva aumenta a insegurança.” Embora a capacidade de fugir do trânsito seja um atrativo, isso exige mais cuidado.
Nas cidades, muitas vezes trabalhamos na periferia e moramos no centro, e a moto ajuda a reduzir as distâncias percorridas frequentemente, como no caso do trabalho diário. O especialista sugere que “viagens longas deveriam ser reservadas para ocasiões especiais, tornando-as mais confortáveis e menos pressionadas para os motociclistas.” Ele conclui dizendo que a moto é um meio de transporte eficiente, mas requer atenção à segurança.
“Algumas motos poluem mais que carros”
Além disso, há o problema da poluição. Algumas motos poluem mais do que carros, especialmente porque geralmente transportam apenas uma pessoa. “A eletrificação das motos está atrasada em comparação aos carros, o que agrava a situação”, disse Calabria.
Ele ainda abordou o aspecto social. No Brasil, a moto tornou-se uma opção de inclusão social equivocada. Devido ao alto custo dos carros e à ineficiência do transporte público, pessoas de baixa renda optam pelas motos, muitas vezes forçadas a enfrentar as inseguranças associadas. “Essa situação é comum em muitos países subdesenvolvidos”, acrescentou.
Para resolver esses problemas, Calabria diz que é necessário implementar uma política pública mais adequada para as motos. O especialista criticou a abordagem atual, afirmando que “em vez de apenas penalizar e restringir o uso, é preciso planejar e incluir esse meio de transporte de forma mais adequada no sistema de mobilidade urbana.”
“Redução generalizada da velocidade de todos os veículos”
Calabria destacou ainda que “algumas das coisas que temos defendido são a redução generalizada das velocidades nas ruas, para motos, ciclistas e carros também.” Essa medida já se mostrou positiva. O especialista enfatizou mais uma vez a necessidade de “ações voltadas para mototáxi e moto entrega, restringindo regulamentações dos aplicativos ou das empresas que impõem pressa ao motorista.”
Além disso, ele apontou a importância de debater questões como a cobrança por minuto, que no caso das motos leva a mais pressa e situações de risco no trânsito. Para ele, esses dois pontos são os mais amplos. Calabria também defende uma “política trabalhista que ofereça mais descanso e melhores condições para o trabalhador da moto, garantindo uma melhor qualidade de vida e maior saúde ao pilotar o veículo o que gera uma maior segurança.”
Na infraestrutura viária, o especialista mencionou que “a cidade de São Paulo avançou na ideia de faixa exclusiva para motos, que tem sido bastante questionável.” Ele observou que “têm surgido dados ruins, enquanto a prefeitura tenta destacar os pontos positivos, mas o debate, na nossa visão, está muito mal direcionado.” Calabria acrescentou que a faixa exclusiva pode aumentar a velocidade da moto, colocando o motociclista em risco. “Isso ainda está sendo investigado, e alguns estudos sobre o tema devem ser divulgados,” explicou.
Por outro lado, a medida mostrou ações importantes, como a “frente segura, que coloca a moto parada à frente dos veículos dos carros, diminuindo o conflito.” Isso reduz os conflitos com veículos maiores, como os carros. Ele destacou o desafio de “fiscalizar a velocidade das motos,” pois algumas ferramentas não registram a velocidade das motos. Portanto, é necessário um “debate melhor sobre a fiscalização para conseguir reduzir a velocidade desse veículo.”
Calabria concluiu que “pela agilidade da moto e por ela não ocupar uma faixa como o carro, surgem vários desafios.” Ele observou que “não é fácil fazer uma infraestrutura que atenda às necessidades das motos sem impactar os carros,” e que a moto está em uma zona cinzenta, o que torna muito complicado ser corretamente atendida por uma nova política pública.
Mototáxi: São Paulo Vs Rio de Janeiro
A equipe do 55content entrou em contato com a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito de São Paulo para verificar a viabilidade de implementar o serviço na cidade. A Secretaria nos informou que, até o momento, não há avanços significativos para a implantação dessa categoria em São Paulo.
“O decreto 62.144/23 suspende temporariamente o serviço de mototáxi e de transporte de passageiros por moto via aplicativo, em razão da preocupação envolvendo a segurança e a saúde da população de São Paulo no viário urbano e o impacto no sistema publico de saúde. Reduzir acidentes e evitar óbitos é prioridade dessa gestão (…). A Faixa Azul vem demonstrando que, ao criar uma delimitação de espaço para as motocicletas, os números de sinistros e a gravidade diminuem”, disse, em nota, a prefeitura de São Paulo.
Para Edgar Silva, presidente da Amabr (Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil), a modalidade de transporte por moto ou mototáxi poderia lotar ainda mais hospitais de São Paulo. Só em 2023, foram 365 mortes de motociclistas —praticamente, uma por dia do ano—, segundo a CET (Companhia de Engenharia e Tráfego)
Já no Rio de Janeiro, o serviço de mototáxi tem decreto, mas não tem lei municipal. O Decreto Rio Nº 51.412 de 14 de setembro de 2022 regulamenta o serviço de transporte de passageiros por motocicleta – mototáxi – e estabelece as etapas de cadastramento para os interessados em operar esse serviço na cidade do Rio de Janeiro, além de outras providências. A prefeitura inclusive tem um serviço de mototáxi que não cobra taxa dos trabalhadores: o Moto.Rio.
Impacto da 99Moto
A equipe do 55content entrou em contato com a 99, inDrive e Uber para obter mais informações de como o serviço de mototáxi impacta o mercado de transporte por aplicativo.
A 99 esclarece, em nota, que a 99Moto é devidamente regulamentada pela lei federal nº 13.640 e que o serviço não se enquadra na classificação de mototáxi. Sendo assim, seguindo a norma federal – que estabelece os limites para a regulamentação pelos municípios – a empresa reforça que o serviço 99Moto não se limita à categoria de transporte público individual, como no caso do serviço de mototáxi. A empresa diz que conecta motociclistas parceiros que realizam uma atividade privada, por meio de seus próprios veículos, a usuários que desejam se movimentar pelas cidades, de acordo com os Termos de Uso da plataforma.
“Neste sentido, 99Moto tem se consolidado como uma referência no serviço de transporte de passageiros sobre duas rodas no Brasil, promovendo a categoria através de uma estratégia robusta que visa ampliar sua presença e impacto nas comunidades locais. Desde o seu lançamento em janeiro de 2022, a empresa investiu significativamente em marketing, além de realizar parcerias locais e campanhas de conscientização para destacar os benefícios do transporte de passageiros sobre duas rodas. Um exemplo é a parceria com a prefeitura de Fortaleza, que visa ampliar a promoção da segurança no trânsito, por meio da conscientização dos motoristas e motociclistas parceiros do app e do apoio ao município no desenvolvimento de políticas públicas para a segurança no trânsito e na melhoria da mobilidade urbana em Fortaleza”, aponta a empresa.
Segundo a 99, o crescimento de 99Moto também foi expressivo. “A nossa base de motociclistas mais que dobrou no último ano, expandindo a categoria para mais de 3.300 municípios em todo o país. A promoção do serviço teve uma ótima repercussão junto de datas comemorativas e eventos culturais, como o patrocínio de shows e festividades regionais, que reforçam a conexão da 99Moto com a cultura e a população local, como o apoio oferecido ainda este ano no Carnaval e no São João.”
Questionada sobre as principais métricas de sucesso, a 99 diz que elas incluem o crescimento no número de corridas, a satisfação dos usuários, e a retenção dos motociclistas parceiros. De acordo com a empresa, o número de corridas diárias mais que dobrou no último ano, com uma distância média de 6 km e duração média de 11 minutos por corrida. Além disso, a 99 diz monitorar a utilização do serviço em horários de pico, como às segundas-feiras das 7h às 8h, e a diversidade do perfil usuários, com 59% sendo mulheres e uma faixa etária predominantemente entre 24 e 34 anos.
Consultada sobre quais inovações tecnológicas estão sendo implementadas para melhorar a
segurança e eficiência do serviço, a 99 respondeu:
“Para melhorar a segurança e a eficiência do serviço, a 99Moto está implementando diversas inovações tecnológicas. Utilizamos inteligência artificial para análise de riscos e monitoramento em tempo real, garantindo que as viagens sejam seguras e eficientes. Nossas motos são equipadas com sistemas de GPS avançados e temos funcionalidades no app que permitem o compartilhamento de rotas em tempo real com contatos de confiança. A segurança dos passageiros e motociclistas é reforçada com a disponibilização de capacetes e a realização de treinamentos regulares para nossos parceiros. Essas ações e inovações demonstram nosso compromisso contínuo em melhorar a qualidade e a segurança do serviço de moto, fazendo da 99Moto uma escolha confiável e eficiente para milhões de brasileiros”.
Ainda abordando tecnologia a 99Moto anunciou a chegada de motos elétricas no aplicativo da 99. “Com um investimento de mais de R$ 245 milhões pela Aliança, a empresa está conduzindo testes com motos elétricas, em parceria com Vammo e Riba, que demonstraram uma redução significativa nos custos operacionais para os motociclistas. A meta do grupo é alcançar uma frota de 2 mil motos elétricas na plataforma até o final de 2024 e expandir para 10 mil até 2025, promovendo um futuro mais sustentável e eficiente para o transporte urbano. Essas ações e inovações demonstram nosso compromisso contínuo em melhorar a qualidade e a segurança do serviço de moto, fazendo da 99Moto uma escolha confiável e eficiente para milhões de brasileiros”, finaliza a empresa.
inDrive respeita legislação de cada cidade
Já a inDrive respondeu que: “Cada cidade tem uma legislação específica para a operação de transporte de moto via app. Na inDrive, consideramos a cultura local de cada município para oferecer ou não essa modalidade (moto). As métricas que aplicamos para calcular o desempenho da categoria são o volume e a receita de corridas. Além dos Termos de Uso da plataforma, que devem ser seguidos pelos motoristas, a inDrive promove e incentiva a educação no trânsito e a conformidade com as medidas de segurança.”
A Uber não nos retornou até o momento de publicação dessa reportagem.