Pesquisar

Site diz que central de apoio ao entregador está vazia; iFood responde

ponto de exclamacao .png
Aplicativos de Entrega, Entregador, iFood
Entregador iFood 1
Entregador iFood 1

Instalação foi criada para receber e acolher trabalhadores que sofreram assédio no RJ mas localização e falta de divulgação limitam a ida dos entregadores.

O site de notícias “Rest of World” publicou nesta terça-feira (20), uma matéria sobre as condições de atendimento do centro de ajuda criado pelo iFood. O espaço foi inaugurado em janeiro para fornecer apoio jurídico e psicológico aos trabalhadores que foram assediados ou agredidos por clientes durante as entregas.

Segundo a reportagem, depois de um mês com as portas abertas, o centro não recebeu nenhum entregador. O “Rest of World” alega que o espaço está localizado “Atrás de uma porta de metal sem identificação, situada entre uma ótica e um supermercado no subúrbio do Rio de Janeiro”.  O local de apoio fica no bairro da Penha, no RJ, e os entregadores alegam dificuldade de chegar, por conta da distância que precisam percorrer depois de um dia de trabalho.

A instalação tem parceria com o escritório de advocacia sem fins lucrativos Black Sisters in Law. E durante o carnaval deste ano, o iFood criou uma campanha no Rio de Janeiro: “#BoraDescer”, com o objetivo de promover a conscientização entre seus usuários para que recebam seus pedidos pessoalmente, para evitar transtornos e desconfortos para os entregadores.

Clique aqui para receber todas as notícias do mercado dos aplicativos de transporte e entregas no seu Whatsapp.

Em nota exclusiva para a 55content, o iFood explica: “A Central de Apoio Jurídico e Psicológico do iFood foi lançada em junho de 2023 para atender os casos de discriminação contra entregadores e entregadoras. Em novembro de 2023, passamos a atender também os casos de agressão física, ameaça e violência sexual. Todos os casos que chegavam à Central de Apoio sempre foram atendidos – as sessões com o psicólogo acontecem de forma online e nós buscamos uma advogada mais próxima fisicamente do entregador ou entregadora para atendê-lo pessoalmente também, quando necessário. Desde o lançamento da iniciativa, tivemos 119 acionamentos para assistência jurídica e 112 acionamentos para assistência psicológica. Só em janeiro de 2024, foram 41 novos casos recebidos. O ponto de atendimento presencial no Rio de Janeiro, inaugurado este ano, é uma iniciativa complementar ao trabalho já realizado e funciona atualmente como um projeto piloto. Sabendo de um problema estrutural que é a subnotificação dos casos, queremos entender se o formato é mais efetivo para os entregadores e entregadoras. Informamos que a escolha do local se deve à parceria com as Black Sisters in Law, que mantêm a sua sede no mesmo edifício. A ideia desde o início foi avaliar a eficácia do atendimento presencial  por seis meses. De toda forma,  acreditamos que esta é uma iniciativa recente, que ainda precisa ser divulgada amplamente. Ressaltamos, ainda, que todos os casos irão ser atendidos, não dependendo do deslocamento do entregador ou da entregadora até a sede. Essa é só mais uma facilidade caso a pessoa prefira um acolhimento imediato. Uma série de medidas vêm sendo adotadas para ampliar a busca pelo serviço, como divulgações regulares feitas pelos canais de comunicação com os entregadores e o lançamento de um botão flutuante para denúncia no aplicativo usado pelos profissionais. Campanhas offline em bancas de jornais e em espaços estratégicos no Rio de Janeiro serão realizadas para continuar divulgando a iniciativa”.

O Rio de Janeiro registrou cerca de 600 casos de agressões físicas e verbais contra os trabalhadores do app, que muitas vezes se dá pela decisão dos clientes de não descer no prédio para buscar o seu pedido. Ainda segundo o “Rest of World” foram 596 denúncias de ataques a entregadores no Rio de Janeiro entre agosto e outubro do ano passado.

Pesquisar