A Uber Eats informou que todas as entregas realizadas por entregadores parceiros na França passarão a contar com um pagamento mínimo de 3 euros. Segundo a empresa, a mudança atende a uma solicitação do sindicato Union Indépendants e ocorre paralelamente às negociações entre plataformas e representantes da categoria.
De acordo com a Uber Eats, as entregas costumam ser concluídas em menos de sete minutos, e atualmente os entregadores ganham, em média, 20,50 euros por hora. A empresa afirma que a nova medida terá impacto imediato na renda dos trabalhadores. Em fevereiro de 2025, ainda segundo dados da plataforma, 70% dos entregadores haviam feito pelo menos uma entrega remunerada com valor inferior a 3 euros.
A companhia também informou que está envolvida nas discussões sobre a criação de uma garantia horo-kilométrica e que já apresentou propostas iniciais nesse sentido.
Entre as ações implementadas nos últimos anos, a empresa destaca o oferecimento de apoio jurídico gratuito em casos de discriminação e cobertura integral para acidentes de trabalho e doenças profissionais. A Uber Eats também anunciou a liberação de novos recursos e o lançamento de uma Carta de Compromisso voltada a restaurantes parceiros, com foco em iniciativas de segurança, sustentabilidade e apoio à formação dos entregadores.
As ações incluem:
- Redução de 50% no aluguel mensal de bicicletas elétricas profissionais, em parceria com a Zoomo (de 140€ para 70€);
- Distribuição de kits de segurança por restaurantes parceiros, com itens como capacetes, faixas e coletes refletivos;
- Descontos em capacetes e equipamentos de chuva por meio da plataforma Boolanga;
- Inclusão de vídeo educativo sobre segurança viária no aplicativo dos entregadores;
- Liberação de acesso a banheiros em restaurantes parceiros em Paris, com meta de alcançar 100 estabelecimentos, um por distrito.
A empresa também firmou parceria com a organização each One para apoiar entregadores interessados em transição para empregos formais. A iniciativa tem foco nos setores de logística, alimentação e serviços pessoais, com a meta de auxiliar dezenas de entregadores a conquistar contratos de trabalho fixo (CDI).
Segundo a Uber Eats, as medidas fazem parte de um processo contínuo de escuta e diálogo com os entregadores, por meio de consultas nacionais — a mais recente com 15 mil participantes em janeiro de 2025 — e mesas-redondas promovidas em diversas regiões da França.
Uma resposta
Lá e diferente tem governo que apoia os trabalhadores que trabalham de aplicativos aqui os só querem é lucro e cada dia escravizado os nossos trabalhadores que as vezes não tem nenhuma opção de trabalho nesse país que é tão rico, mas que quem manda é os donos de aplicativos que vem de outro país .