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Ministro do Trabalho diz que vínculo empregatício desorganizaria trabalho por app

“As empresas têm que se adequar às normas brasileiras e não o Brasil se adequar aos caprichos e desejos do tamanho de lucratividade que as empresas têm que ter.”, destacou o ministro.

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Informações objetivas sobre fatos relevantes para o mercado de mobilidade, com apuração direta da redação.
Foto ReproduçãoPalácio do Planalto
Foto: Reprodução/Palácio do Planalto

Luiz Marinho afirmou que defende a criação da categoria “autônomo com direito” e que deseja que uma lei seja criada para organizar esse processo.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, apresentou na última quarta-feira (7), durante audiência na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, o Plano de Trabalho para 2025. Durante a apresentação, ele destacou a importância da regulamentação do trabalho de motoristas e entregadores por aplicativo, visando direitos trabalhistas e segurança.

O ministro afirmou que haverá um esforço conjunto para avançar no debate sobre a regulamentação do trabalho por aplicativos. Entre as prioridades mencionadas estão a segurança previdenciária, o seguro contra acidentes e a transparência na relação entre plataformas e profissionais. 

“As empresas têm que se adequar às normas brasileiras e não o Brasil se adequar aos caprichos e desejos do tamanho de lucratividade que as empresas têm que ter.”, destacou. Ele ressaltou ainda que é necessário buscar um equilíbrio entre a sustentabilidade das atividades econômicas e a garantia de direitos aos trabalhadores e trabalhadoras.

Em relação aos vínculos empregatícios, Marinho afirma que, diferente de países europeus que defendem o estabelecimento de vínculo ou dos americanos e canadenses que defendem a liberdade total, o que estão propondo é que exista uma nova categoria: autônomo com direito. 

O parlamentar destacou que não se trata de estabelecer um vínculo direto entre os motoristas e as plataformas, o que, segundo ele, “desorganizaria essa atividade econômica”. No entanto, reforçou a importância de garantir direitos aos trabalhadores, como acesso à previdência, seguro e medidas que evitem excessos de jornada que possam levar a doenças, acidentes ou outros problemas de saúde.

“O SUS reclama”, pontuou, ao lembrar que atualmente há uma demanda crescente no sistema público de saúde causada por acidentes, especialmente envolvendo motofretistas.

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Redação 55content

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