Uber e Lyft consideram sair de cidade dos EUA em resposta a legislação que aumentaria remuneração de motoristas.
A cidade de Minneapolis adiou a votação sobre o aumento do pagamento a motoristas de aplicativos de transporte, que estava originalmente agendada para o 1º de maio, para o dia 1º de julho.
O adiamento foi uma resposta às ameaças da Uber e da Lyft de abandonarem a cidade se a medida fosse implementada como planejado.
As companhias manifestaram preocupação com o aumento dos custos operacionais proposto pela legislação, que estipula o pagamento mínimo aos motoristas de US$ 1,40 por milha e US$ 0,51 por minuto, ou um mínimo de US$ 5 por viagem.
Essa tarifa é superior à proposta pelo estado de Minnesota, que é de US$ 0,89 por milha e US$ 0,49 por minuto, visando assegurar uma renda mínima horária de US$ 15,57 para os motoristas.
A decisão de adiar a votação dá um alívio temporário para Uber e Lyft, que haviam planejado retirar-se da cidade, como ocorreu em 2016 em Austin, Texas.
Naquele ano, ambas as empresas suspenderam suas operações após a cidade implementar requisitos de segurança adicionais, como a verificação de impressões digitais dos motoristas. Elas só retornaram após uma lei estadual revogar a regulamentação local.
Os legisladores de Minneapolis afirmam que o adiamento pretende dar tempo para que outras empresas de transporte se estabeleçam no mercado, prevenindo um vácuo caso haja a saída das duas líderes do setor.
Com o novo cronograma, a comunidade e as empresas terão mais oportunidade para discutir e ponderar os efeitos da lei proposta, tanto para motoristas quanto para usuários dos serviços.
Texto produzido com informações da Associated Press.