Adriana Ventura critica o governo por manter um número excessivo de ministérios, descrevendo-os como um “cabide de empregos” e por “querer tirar dinheiro de quem trabalha duro.”
Durante a audiência na Câmara dos Deputados realizada na última quarta-feira (17) para discutir o projeto de lei que regulamenta a profissão dos motoristas de app, a deputada federal Adriana Ventura defendeu a liberdade econômica, a autonomia e o poder de decisão dos condutores, afirmando que é uma usuária regular das plataformas:
“Estou falando aqui não apenas como uma parlamentar que defende a pauta, a liberdade econômica, a autonomia e o poder de decisão, mas também como uma usuária. Além de ser parlamentar, faço parte dos 30 milhões de usuários do Uber. E isso não é balela. Na minha apresentação de contas, que é transparente, vocês podem ver que utilizo o Uber para tudo. Não tenho carro em Brasília e, em São Paulo, só utilizo esse aplicativo.”
Ela critica a quantidade de ministérios que o governo e afirma que os trabalhadores apenas estão pedindo o direito de trabalhar.
“O que quero trazer aqui é que hoje é um dia importante, pois temos aqui trabalhadores falando que o sindicato não os representa e que este governo não os ouve, pois é um completo disparate um governo que mantém 40 ministérios, um verdadeiro cabide de empregos. Querem tirar dinheiro de quem trabalha duro. Aqui temos que defender, senhores. O motorista de aplicativo, um milhão e meio de trabalhadores, não são insignificantes, não estão pedindo nada. Eles apenas querem o direito de trabalhar, de escolher seus horários e de decidir se vão trabalhar à noite ou durante o dia”, discursou a parlamentar.
“Agora só falta o governo, este governo, este ministério, que está despreocupado, querer manter todos sob controle e descontar todos para contribuir com o cabide de empregos e sustentar um bando de gente. Não é justo, não permitiremos isso aqui. O que realmente precisamos definir aqui é a liberdade para trabalhar, escolher horários e definir como as partes que os clientes desejam. Se os motoristas de aplicativo pararem de trabalhar no Brasil, o problema não será da plataforma nem dos motoristas, mas de todos os brasileiros, pois enfrentamos um governo irresponsável que diz defender o trabalhador, mas na verdade não o defende. O que ele defende é seu próprio bolso, o que ele quer é desconto, o que ele defende é o sindicato”, acrescenta Adriana.
Ela completa afirmando que os sindicatos não são legitimados pelos motoristas, e que apenas querem explorar o trabalhador. A deputada ainda pede para o governo “fazer a sua parte” e dar liberdade para os motoristas trabalharem. Por fim, Adriana tranquiliza os condutores dizendo “neste parlamento, vocês têm muitos parlamentares que lutam por vocês”.