Mobtech é como se rotulam as empresas que investem em tecnologia e em inovação no setor da Mobilidade Urbana.
Tecnologia aplicada a algum setor para inovar e reinventar a forma como as pessoas se relacionam com ele. Basicamente, essa é a definição de qualquer empresa tech. É só adicionarmos Mobilidade Urbana nessa equação, e pronto, estamos diante de uma mobtech.
É claro, o conceito não está restrito apenas a empresas de Mobilidade.
São fintechs (tecnologia aplicada em soluções financeiras), edutechs (tecnologia aplicada à educação), foodtechs (tecnologia aplicada ao setor alimentício), proptechs (tecnologia aplicada ao mercado imobiliário) e muitas outras techs, em praticamente todos os mercados.
O Brasil, inclusive, está muito bem representado, com grandes nomes em todos os setores.
Nas fintechs, temos o Nubank que figura entra as 10 startups mais valorizadas do mundo. Nas edutechs, o Descomplica (que oferece cursos pré-vestibulares e pré-concursos) está cotado para se tornar ultrapassar o valor de mercado de U$ 1 bilhão ainda este ano. Nas foodtechs, o iFood, que revolucionou os hábitos de consumo de alimentos do brasileiro. No mercado imobiliário, a proptech QuintoAndar cresce cada vez mais.
Mas e no mercado da Mobilidade? Quais empresas são referências? Como elas atuam? É o que vamos responder a seguir.
O meio privado na mobilidade
Companhias como Uber, 99 e Loggi são as caras de um mercado que é completamente diferente do de alguns anos atrás.
Isso porque, as mobtechs e as sturtups de mobilidade revolucionaram as ferramentas e tecnologias do setor, junto com o próprio padrão do modelo de negócios.
Voltando ao passado, tente-se lembrar: o quão comum era contratar um transporte individual? Só em momentos de necessidade, não é mesmo?
Já hoje, já faz parte da rotina de milhões de pessoas ter um motorista à disposição com apenas alguns toques.
Essa revolução, liderada pela Uber, que na época ainda era uma startup, alterou completamente a relação da sociedade com a mobilidade. Hoje, sabemos que é possível ter em nosso alcance serviços privados com eficiência e qualidade.
Esse é um exemplo apenas do nicho de transporte de passageiros.
Segundo a StartupBase existem 13.864 startups no país, das quais 2,77% atuam no ramo da Mobilidade e Logística. Isso totaliza cerca de 384 startups atuando em diversas partes diferentes da mobilidade.
Dentre as categorias, podemos destacar:
- Acessibilidade;
- Transporte coletivo;
- E-hailing;
- E-sharing;
- Inteligência de dados;
- Mobilidade Corporativa;
- Mobilidade Elétrica;
- Parking;
- Serviços de Apoio;
- Transportes alternativos.

Fonte: Startup Scanner/Reprodução
Unicórnios da mobilidade
Tecnologia e mobilidade tem se mostrado cada vez mais um mercado com muitas oportunidades. Não à toa, dentre as startups que também são mobtechs, algumas chegaram inclusive a receber o título de ‘unicórnios’.
Um unicórnio é uma startup que supera o valor de mercado de U$ 1 bilhão. Atualmente, em todo o Brasil e em todos os setores, apenas 26 empresas carregam esse título.
O que chama atenção, é que dessas 26, 3 são mobtechs: 99, que inclusive foi o primeiro unicórnio brasileiro, a plataforma de entregas por motoboys, Loggi e Frete.com, plataforma que conecta transportadoras e caminhoneiros para o transporte de carga em todo o país.
As empresas referência do mercado brasileiro
Recentemente, publicamos aqui um artigo analisando a lista das 100 empresas mais influentes na Mobilidade Urbana do Brasil, feita por especialistas do assunto convidados pelo Estadão.
Foram selecionadas empresas da mobilidade das seguintes categorias:
- Fabricantes e operadores de motos;
- Fabricantes e operadores de bicicletas;
- Tecnologias e operadores de compartilhamento;
- Tecnologia e inovação para mobilidade;
- Consultorias;
- Fabricantes e operadores de veículos;
- Fabricantes e operadores de caminhões;
- Fabricantes de operadores de transporte público.
Algumas das empresas são fabricantes e montadoras de veículos, outras são consultorias.
Mas a presença de aplicativos e plataformas desenvolvidas por mobtechs e startups é marcante. Além disso, empresas de outros ramos têm inaugurado suas próprias divisões de mobilidade, como é o caso do Itaú, que foi selecionado para a lista.