Uber voador, crescimento do delivery e lei para proteger os motoristas. Confira as principais notícias da semana no mercado da mobilidade urbana.
A semana foi marcada por anúncios de novidades em relação ao planejamento da Uber para o futuro.
A empresa busca se fortalecer para além do transporte de passageiros convencional, investindo em tecnologia para transportes aéreos e no crescimento do seu delivery, o Uber Eats.
Já em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes sancionou uma lei que permite que os motoristas das empresas de aplicativo de transporte recorram em casos de descadastramento, suspensão ou exclusão.
Startup apoiada por Uber promete lançar táxis aéreos até 2024
A Joby Aviation é uma empresa aeroespacial apoiada por diversas companhias, dentre elas a Uber.
Sediada na Califórnia o principal objetivo da empresa é o desenvolvimento de uma aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL) totalmente funcional, que possa ser utilizada como parte da mobilidade urbana, no cotidiano das cidades.
A relação da Uber com a Joby é ainda mais profunda, comparada aos demais investidores. Isso, porque em Dezembro de 2020 a empresa de aviação comprou para si a Uber Elevate/Air, programa da empresa para produção de veículos aéreos.
Com um ritmo de desenvolvimento acelerado, a Joby planeja até 2024 concluir o projeto e oferecer transporte aéreo para a população através de plataformas como a da Uber.
CEO da Uber aposta no delivery como futuro da empresa
Ainda nas novidades ligadas à gigante da mobilidade, o destaque de hoje vai para as declarações dadas pelo CEO da Uber, Dara Khosrowshahi.
Dara foi o responsável por conduzir a empresa pelo período turbulento que se deu após a deposição do CEO anterior, Travis Kalanick, e retomar a lucratividade dos negócios da Uber.
Porém, com a pandemia e a drástica redução do funcionamento do serviço de transporte de passageiros da empresa, a companhia se viu ameaçada por uma crise financeira.
A solução encontrada por Khosrowshahi foi investir ainda mais no negócio de delivery da empresa, o Uber Eats. Com cada vez mais pessoas consumindo dessa maneira, até pela necessidade de se manter em casa, a decisão foi um sucesso.
Agora, Dara e a Uber planejam fortalecer esse braço da empresa mesmo após o fim da pandemia.
“Quando entrei na empresa em 2017, o Uber Eats era um negócio de US$ 2,5 bilhões. E já vamos superar os US$ 50 bilhões agora. Em termos de volume, o delivery se tornará maior do que a parte de corridas, principalmente porque vamos para o mercado, para a farmácia e para todo tipo de comércio local. É um negócio maior.”
Dara Khosrowshahi, CEO da Uber na reportagem dada ao The New York Times
Prefeitura de São Paulo sanciona lei que respalda motoristas
Ontem, dia 12 de Agosto, foi sancionada no município de São Paulo, a lei que determina que as empresas donas de aplicativos de transporte que atuam na cidade, notifiquem os motoristas do motivo de descadastramentos, suspensões ou exclusão.
Além disso, a Lei Municipal 17.596, promulga que os condutores cadastrados nas Operadoras de Tecnologia de Transporte Credenciadas (OTTCs) poderão apresentar pedido de revisão após o recebimento da comunicação da medida.
Segundo o artigo 3º, em caso de descumprimento das medidas as empresas estarão sujeitas à:
- I – advertência;
- II – multa, no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), dobrada em caso de reincidência.
A lei passa a vigorar daqui a 90 dias.