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“Meus ganhos nos últimos quatro meses caíram 30%”, diz motorista de app

A imagem mostra um homem barbudo e careca sentado em frente a um microfone em uma mesa durante uma audiência. Ele veste uma camisa verde com o número 9 e um brasão no lado esquerdo do peito. A imagem inclui um letreiro em uma tela ao fundo com o nome "Anderson" e um texto sobre "Relação de trabalho em aplicativos de transporte (PLP 12/24)" datado de 08/05/24, indicando que a cena ocorre em uma Comissão de Defesa do Consumidor na Câmara dos Deputados.

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Motorista diz que está tendo que trabalhar até 16 horas por dia para conseguir ganhar o que ganhava em novembro: “a Uber muda sempre a regra do jogo”. 

Durante uma audiência pública na Comissão de Direito de Defesa do Consumidor nesta quarta-feira, o motorista de aplicativo Anderson levantou questões sobre a falta de regulamentação e proteção em seu trabalho.

Segundo o motorista, as mudanças nas políticas das plataformas têm impactado negativamente sua renda e estabilidade. Ele mencionou que, apesar de os motoristas serem consumidores dos serviços das empresas ao pagarem taxas, são frequentemente monitorados e suas condições de trabalho manipuladas sem a devida transparência ou possibilidade de defesa.

“Nós somos consumidores no momento em que eu pago a taxa da Uber. No entanto, eles monitoram nossas atividades, manipulam algoritmos e ainda têm o poder de banir motoristas sem direito a defesa prévia”, afirmou o motorista. 

Além disso,  Anderson diz que está enfrentando dificuldades financeiras diretas devido à depreciação dos veículos e à redução arbitrária de suas categorias nas plataformas. “A Uber muda a regra do jogo toda hora e rebaixou a classificação do meu carro que eu paguei para trabalhar na categoria Comfort, e ele não tem 10 anos”, disse um dos presentes, destacando uma queda de mais de 30% em seus rendimentos nos últimos meses.

O motorista destacou a necessidade urgente de regulamentação para garantir que possam trabalhar com dignidade e segurança. Ele argumenta que as plataformas deveriam oferecer mais suporte e transparência nas decisões que afetam diretamente os motoristas e suas famílias.

Além disso, o depoimento levantou a questão da migração de clientes de volta para os táxis, citando a competitividade desleal e as mudanças nas tarifas que não acompanham a inflação como fatores que prejudicam tanto consumidores quanto motoristas: “os passageiros de classe média hoje voltaram para os táxis”. 

Anderson pede que as autoridades intervenham para garantir uma competição justa e regulamentos que protejam todos os envolvidos, destacando que muitos estão lutando para sustentar suas famílias sob o modelo atual.

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