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“Deveriam ter uma pessoa fixa para nos atender”, idosos relatam dificuldades com apps de transporte

Uma mulher de meia-idade com cabelos castanhos curtos, sorrindo suavemente enquanto olha para baixo em direção a seu smartphone, que ela está usando com ambas as mãos. Ela está vestindo uma blusa azul-petróleo e está em pé contra um fundo neutro texturizado.

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Idosos enfrentam desafios com usabilidade, segurança e exclusão digital.

O progresso tecnológico tem trazido benefícios para a população geral, especialmente para os mais velhos, através do aprimoramento e multiplicidade de opções em formas de comunicação. 

No entanto, apesar desses avanços, uma parcela dos idosos enfrenta obstáculos para integrar-se a este cenário digital. Em uma época onde aplicativos de corrida se tornam cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas, as experiências dos idosos ao tentar utilizar esses aplicativos diferem. 

Por exemplo, Luiz Marques, de 73 anos, revela ter uma relação de altos e baixos com a tecnologia. Apesar de já estar “mais acostumado” com o uso de aplicativos de corrida, enfrenta dificuldades pontuais, como ao tentar mudar informações no perfil, solicitar corridas a partir de locais não registrados previamente e colocar paradas. 

O aposentado também relatou sobre a experiência de perder o telefone em uma corrida e a dificuldade para comunicar-se com o motorista, destacando falhas na interface e no suporte ao usuário que podem afetar a confiança no serviço, além de gerar frustrações.

Por outro lado, Reynaldo Teixeira, de 87 anos, não usa aplicativos de corrida porque não acha a opção mais conveniente. Embora consiga usar outros apps, ele relata que prefere dirigir seu próprio carro a tentar usar aplicativos de transporte. Conta, também, que sua esposa tem um problema de saúde, e não gosta de ficar esperando o carro chegar na rua.

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Eunice Condeixa, de 74 anos, traz à tona um aspecto crítico relacionado à segurança digital. Após ter seu celular roubado, enfrentou fraudes que resultaram em milhares de reais em cobranças indevidas em sua conta: “Colocaram o nome de um homem na minha conta, e descontaram quatro mil reais em viagens no meu cartão.”

Esse incidente evidencia um debate muito recorrente quando diz respeito à exclusão digital dos idosos: a vulnerabilidade em relação a golpes digitais e a importância de mecanismos de segurança nos aplicativos.

No geral, Luiz afirma que consegue usar os aplicativos de corrida, por já ter hábito de usar tecnologia. Mesmo não tendo dificuldades com o uso do celular, afirma que poderiam ter melhores adaptações nos aplicativos, para as necessidades dos idosos. 

Isso inclui interfaces mais intuitivas, com opções de ajustes de fonte e navegação simplificada, além de um suporte ao usuário mais eficiente e acessível. Luiz fez uma sugestão de “ter uma pessoa fixa para nos atender”, refletindo o desejo por contato humano que possa facilitar a resolução de problemas e dúvidas, proporcionando uma sensação de segurança e confiança.

Enquanto alguns idosos se adaptam e encontram valor nesses serviços, outros enfrentam barreiras, seja por preferência pessoal, dificuldades de uso ou preocupações com segurança. 

A equipe da 55 procurou a Uber, 99 e inDrive para saber se essas empresas têm políticas voltadas para os idosos. A 99 decidiu não participar da reportagem. A inDrive informou que, por enquanto, não possui programas específicos para idosos em seu aplicativo. Quanto à Uber, ainda estamos aguardando uma resposta e atualizaremos a matéria assim que recebermos mais informações.

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