Motorista de aplicativo pode vender produtos?

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Motorista de aplicativo pode vender produtos
Motorista de aplicativo pode vender produtos

Sim, o motorista de aplicativo pode vender produtos durante a viagem, desde que estejam de acordo com os termos de uso da plataforma.

Publicado em 21/08/2019 – Atualizado em 21/12/2021

Seja para ganhar uma renda extra ou até mesmo iniciar um negócio, alguns motoristas de aplicativo buscam vender produtos durante suas viagens.

São produtos dos mais variados tipos, desde doces e bebidas até carregador de celular, fone de ouvido e capinha.

Em 2019, uma matéria da jornalista Thayza Pauluze, da Folha de São Paulo, trouxe a história do motorista Pedro Madureira Neto. Ele contou que chegava a ganhar R$ 50 extras por semana com a venda de produtos.

Segundo Pedro, que já deu dicas de economia para motoristas aqui no blog, os produtos não atrapalhavam em suas notas.

Ele é um dos motoristas brasileiros a alcançar as cinco estrelas.

No entanto, há certa controversa sobre a venda de produtos no interior dos veículos durante corridas de aplicativo.

Algumas pessoas argumentam que a prática seria proibida por certas empresas, que não gostariam que o motorista perturbasse os passageiros com venda de produtos.

De fato, a Uber há algum tempo proibia em seu regulamento a prática em suas viagens.

Porém, essa restrição caiu, e agora o motorista do aplicativo pode vender produtos em seu veículo.

Além disso, como argumenta o motorista Fernando Floripa, os motoristas não possuem vínculos empregatícios com a empresa. Além de não haver no contrato de prestação de serviços nenhuma cláusula que impeça a venda de produtos.

Os aplicativos apenas orientam que o motorista não perturbe o passageiro a comprar. Afinal, isso pode prejudicar a experiência dele no app, além da nota do motorista.

Em caso de venda de alimentos e bebidas, também é importante estar atento a sujeira no veículo. Por isso, o Floripa aconselha portar um mini aspirador e forrar seu estofado.

Empresas apostaram em parcerias com lojas

Em meados de 2019, a Uber chegou a fechar uma parceria com os Postos Ipiranga e a empresa Cargo, especializada em lanches rápidos.

A Cargo produzia kits com doces e guloseimas e os motoristas da Uber de Rio de Janeiro e São Paulo podiam retirar nos postos.

Os motoristas faziam a retirada gratuita do kit e acomodavam os produtos no apoio de braço. Para fazer acessar o cardápio e comprar os itens, o passageiro escaneava um QR code localizado no banco ou acessava o site da Cargo. Depois de escolher o produto e efetuar o pagamento, o sistema enviava uma notificação para o motorista, avisando qual produto ele deveria entregar para o passageiro. O motorista recebia uma comissão pela venda.

No entanto, a empresa deixou de operar no Brasil, abrindo uma excelente oportunidade de negócios.

Outra empresa que chegou a desenvolver kits para que os motoristas revendam foi a Multilaser.

Ela tinha um kit com:

  • 3 cabos iPhone; 
  • 3 cabos micro USB; 
  • 1 cabos type-C;
  • 2 fones de ouvido; 
  • 2 power bank; 
  • Capa.

Oportunidade para aplicativos regionais

Além de ser uma boa iniciativa individual de cada motorista para conseguir uma renda extra, uma alternativa interessante é que os próprios aplicativos realizem parcerias com os estabelecimentos da cidade para revender os produtos durante as viagens.

Assim, se você pensa em criar um aplicativo de transporte, fique de olho nesta oportunidade.

Vinícius Guahy

Vinícius Guahy é jornalista formado pela Universidade Federal Fluminense e coordenador de conteúdo do 55content.

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