fbpx
55content-branco 2

4 práticas que prejudicam o mercado da mobilidade

práticas que prejudicam o mercado da mobilidade

PUBLICIDADE

Praticar preços muito abaixo do mercado, atentar contra a ordem econômica, afrouxar regras de cadastro de passageiros e motoristas e desvalorizar os parceiros são práticas que prejudicam muito o mercado.

Nenhuma empresa é uma bolha.

E as atitudes que a gente toma acabam influenciando o resto do nosso mercado.

Nós percebemos que na vontade de fazer o aplicativo bombar, alguns gestores podem colocar a carroça na frente dos bois e tomar atitudes não muito bacanas.

No Minuto Machine de hoje, eu quero te falar algumas atitudes que acabam prejudicando o mercado da mobilidade.

Aquelas ações que você toma e, no início, pode até ter uns resultados que o gestor vai olhar e pensar: “Poxa, legal, estamos indo bem”.

Mas que, ao longo do tempo, vai prejudicar a empresa, motoristas, passageiros e o mercado como um todo.

Praticar preços muito abaixo do mercado

 Eu vou começar essa nossa conversa, dando um exemplo.

Vamos imaginar que a gente contratou um matemático e ele fez os cálculos lá e conseguiu chegar no preço ideal de uma corrida.

Então a gente descobre que um determinado trajeto tem o preço ideal de R$ 10.

Quando eu digo que é ideal, é porque é um preço ideal pro motorista e pro passageiro.

Só que aí, passando um tempo, esse gestor percebe que se ele diminui R$ 1 dessa corrida, ele tem o dobro de solicitações.

No primeiro momento, isso acaba não tendo muito impacto entre os motoristas. Então eles continuam aceitando.

Vendo isso, o gestor pensa: E se eu diminuir mais R$ 1?

Então ele começa a fazer isso até chegar em um ponto que os próprios motoristas passam a recusar as corridas, porque já não vale a pena trabalhar por este preço.

Sem falar que, nesse meio tempo, para concorrer com este aplicativo, outros apps passaram a baixar suas tarifas.

Então perceba que baixar excessivamente as tarifas, apesar de, em um primeiro momento, poder te gerar mais solicitações, em um período maior, gera efeitos negativos em todo o mercado.

Por isso, faça uma precificação justa, analisando concorrentes, é claro, mas entrevistando passageiros, motoristas, avaliando seus gastos e necessidades, para você chegar em um preço que não prejudique o mercado e que te mantenha competitivo.

Lembrando também que para o CADE, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, preços muito abaixo do mercado, com a intenção de quebrar a concorrência, pode ser enquadrado como um crime à Ordem Econômica.

E falando em crime à Ordem Econômica, esse é um assunto muito sério e vale um tópico só para ele.

Atentar contra a Ordem Econômica

Dentro do site do CADE, eles descrevem quais são as condutas que podem caracterizar infração à ordem econômica.

Além do preço predatório, que a gente falou no último item, tem o Cartel, Influência de conduta uniforme, preços abusivos e alguns outros, depois dá uma olhadinha lá com atenção.

No cartel, um grupo de empresas se reúne e define um preço padrão.

Então é como se os gestores dos aplicativos da cidade se encontrassem e falassem: “Olha, a partir de agora, todo mundo vai cobrar R$ 0,80 por quilômetro, combinado? Se, por acaso tiver aí um aumento de demanda, a gente joga lá no grupo e todo mundo aumenta ao mesmo tempo”.

Ou seja, não há uma livre concorrência, porque todo mundo já não só definiu a regra do jogo, mas como cada um vai jogar.

O Cade ressalta que o simples fato de empresas concorrentes praticarem o mesmo preço, não é por si só a existência de um cartel. Mas, caso fique comprovado que as empresas se reuniram, da forma que for, pra coordenar essa movimentação, a empresa condenada pode ter que pagar multa de 0,1%% a 20% do valor do seu faturamento bruto.

Afrouxar regras de cadastro de passageiros e motoristas

Em relação aos motoristas, o que aconteceu nos últimos anos, muito por conta das seguidas crises que o país viveu, foi uma corrida para se trabalhar nessas plataformas.

No ímpeto de fazer número e cadastrar novos motoristas, alguns apps podem afrouxar as regras e começar a fazer o cadastro até de pessoas que não estão aptas a fazer o serviço.

Lembrando que a regulamentação federal, coloca algumas obrigações.

O motorista precisa possuir CNH na categoria B ou superior que contenha a informação de que ele exerce atividade remunerada.

Conduzir veículo que atenda aos requisitos de idade máxima e às características exigidas pelas autoridades de trânsito locais.

Ele também tem que emitir e manter o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV).

E, por fim, apresentar certidão negativa de antecedentes criminais.

É uma das missões de um gestor fazer essas verificações, além de possíveis outras exigências que a prefeitura peça.

Pelo lado do passageiro, a mesma coisa. 

O gestor precisa confirmar que as informações prestadas são verdadeiras e acompanhar, principalmente, os novos passageiros e agir, caso haja algum incidente.

Desvalorizar o motorista

Não sei se vocês lembram, mas tem um vídeo que a gente fala que os motoristas são o coração, braços, pernas e olhos de um aplicativo de transporte.

Desvalorizar este profissional é um caminho que prejudica todo o mercado.

E como seria essa desvalorização?

Oferecendo tarifas muito baixas, cobrando taxas abusivas, obrigando que ele pegue todo e qualquer tipo de corrida e, principalmente, não escutar o motorista na construção do aplicativo.

Enfim, são diversas as formas com que o motorista pode ser desvalorizado, e o ideal aqui é que ele seja sempre escutado, porque sem ele, nada do que você fizer adianta.

Por isso, realize eventos dentro da sua sede com os motoristas parceiros e mantenha-os sempre por perto para ajudar no desenvolvimento do app.

Assine a newsletter
gratuita!

INSCREVA-SE

Assine nossa NewsLetter totalmente gratuita!

PUBLICIDADE