Com informações da Revista Reuters
A empresa norte-americana de transporte por aplicativo Lyft pretende lançar robotáxis totalmente autônomos em Dallas “já em 2026”, segundo anunciou o CEO David Risher. A iniciativa será viabilizada por meio da tecnologia da Mobileye, empresa especializada em sistemas de direção autônoma pertencente à Intel, e conta com apoio financeiro e operacional da japonesa Marubeni, que será responsável por adquirir e operar os veículos.
A notícia teve impacto imediato no mercado: as ações da Lyft subiram 4,6% e as da Mobileye saltaram 17%, segundo apuração da Reuters, que revelou os detalhes do plano. O projeto marca uma nova etapa na corrida pelo domínio do setor de transporte autônomo, com diversas empresas acelerando investimentos e testes em cidades norte-americanas.
A Lyft, considerada uma das principais rivais da Uber nos Estados Unidos, planeja integrar os veículos equipados com a tecnologia Mobileye diretamente em sua plataforma. Segundo a empresa, a parceria permitirá oferecer corridas sem motoristas com foco em segurança e eficiência, a partir de uma operação em larga escala na cidade do Texas.
O anúncio chega em meio à intensificação da disputa por mercado de mobilidade autônoma. A Uber já havia divulgado que, em parceria com a Waymo — unidade de direção autônoma da Alphabet, dona do Google —, passará a oferecer corridas sem motoristas em Austin, também no Texas, a partir do próximo mês. A Waymo já atua em cidades como Miami, Los Angeles, San Francisco e Phoenix, e planeja expandir seus testes para mais de 10 novos municípios em 2025.
Outros players, como a Tesla, também miram o setor: a montadora afirmou que começará a testar sua tecnologia de direção autônoma em Austin a partir de junho, embora ainda não tenha informado como irá lançar um serviço comercial.
A Lyft já havia sinalizado a intenção de operar com veículos autônomos em parceria com a Mobileye em novembro do ano passado. Com o novo anúncio, a empresa se posiciona como um dos principais nomes na disputa por protagonismo na mobilidade do futuro.