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Quem é motorista de aplicativo sabe: todo dia estamos sujeitos a passar por perrengues com passageiros. E, infelizmente, não é raro alguém inventar uma história e reportar algo totalmente falso para a Uber. O pior? A plataforma, muitas vezes, penaliza o motorista sem nem investigar.
Agora me diz: se isso acontecer com você, tem como provar que é mentira? Tem uma gravação da viagem pra se defender?
Se a resposta for não, desculpa a sinceridade… mas você ainda não está se comportando como um profissional.
“Ah, mas eu não tenho dinheiro pra comprar uma câmera.” Imagina um médico sem bisturi. Imagina um mecânico sem a chave certa pra consertar o carro de um cliente. Não dá, né?
Hoje em dia, tem câmera pra todos os bolsos — desde pouco mais de cem reais até modelos de mil reais ou mais. O importante é entender que gravar as viagens virou uma necessidade. Uma câmera dentro do carro é, muitas vezes, a única forma que a gente tem de se proteger de relatos mentirosos.
Eu já fui vítima. E conheço muitos motoristas que também foram. Se você entrar nas redes sociais, vai ver: o que mais aparece são vídeos de confusão entre motorista e passageiro. E sabe quem está salvo nessas situações? Quem grava tudo.
O passageiro alegou agressão? Mostra a gravação. A passageira acusou assédio? Mostra a gravação. Não tem? Complica. Mas se tiver, aí é caso pra processo — e você se protege.
E se for com você? Vai mostrar o quê? Ser honesto, infelizmente, não é o suficiente. Não adianta dar desculpas: “ah, não posso por isso”, “não dá por aquilo”… Na hora do aperto, quem não tem como se defender, acaba pagando o pato. É como dizem: se a onça vai beber água e tem um jacaré no rio, não importa se ela é forte — vira vítima.
Se não tiver o registro da viagem, fica muito difícil provar que o que disseram sobre você não é verdade. E o risco de não conseguir voltar pra plataforma, nem mesmo pela Justiça, é real.
A verdade é dura, mas precisa ser dita: a Uber acredita em tudo que o passageiro fala. E a sua única forma de escapar de um banimento injusto é ter provas. Ou seja: grave suas viagens.
Abre o olho. Se previna. Sem mimimi, sem desculpa. Se você é um profissional, tem que agir como um. Tem câmera de cento e poucos reais que grava só o interior do carro. Algumas são tão simples que nem mostram o lado de fora. E tudo bem. O mais importante é o que acontece dentro do carro.
Espero de verdade que essa dica te ajude. Forte abraço e até o próximo encontro.
Fui.
Uma resposta
Não é que a uber (e todas elas) acredite(m) no passageiro… Ninguém pensa/vê/enxerga fora da caixa da lavagem cerebral, na qual a uber colocou os motoristas. Enxergue a atividade de fora… Quem é mais importante no tripé Motorista/Operadora/Passageiro? Pensa ae… Avalia as particuaridades… Pensou operadora??? Errou escandalosamente, pois o componente mais importante do Transporte por Aplicativos é o motorista com seu carro. Ele promove resposta aos outros dois. Ao passageiro ele promove mobilidade, e a plataforma ele promove dinheiro. Sem o motorsita com seu carro passageiro não sai do lugar, mesmo que esteja com o bolso cheio de dinheiro, e plataforma não vê dinheiro, simples assim!!! Porém, ela(s) não pode(m) deixar que o motorista perceba a sua importância na estrutura, pois se ele entender isso (e esta é uma tecla que venho batendo há 5 anos) ele motorista, vai virar o jogo. Operadora(s) vai(ão) ter de respeitá-lo, ou então terão de montar uma estrutura de 40 BILHÕES de reais para ter seus carros, e mais 3 Bilhões mensais para manter esta frota, o que significaria a morte inequívoca das plataformas. Então com ferramentas psicológicas, ferramentas operacionais e um passageiro artificialmente empoderado, ela(s) mantem o motorista manso, calmo e cordato, com medo do banimento. Tá cheio de videos na internet de motoristas apanhando de passageiro, e por que isso? Por que eles não reagem? Por que eles tem medo de perder a boquinha. Poucos fazem o que aquele motorista do RJ fez com a mulher que zoou o carro dele com biscoito – a zoada que ela deu, tem o dedo e as mãos da Silvia Pena, Dara Khosrowshahi, e do Travys Kallanick que foi quem deu início a esta política de desvalorização do motorista – se a uber e as demais não valorizassem tanto o passageiro e relativizassem o motorista, os passageiros não seriam tão folgados. A uber (e as demais) quer(em) o motorista desconfortável, inseguro, e com medo, pois assim ele é muitíssimo mais facil de ser manejado, E SUPORTAR TUDO: “REMUNERAÇÃO PÍFIA, DINÂMICO PICOLÉ, MISSÃO MENDINGA, RADAR ESCORCHANTE, MEU PREÇO RIDÍCULO E ETC, ETC” Acredita nesta balela de que ela ouve só o passageiro quem não ouve como ela trata o passageiro quando ele quer resolver um problema dele com a plataforma… Trata como um trouxa. Porém se ele tiver problema com o motorista, é imediatamente alçado a categoria Super-Hiper-Mega-Blaster das galáxias, e tudo o que ele apontar será usado contra o motorista, se ele motorista, não tiver um vídeo pra provar o contrário