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Por que provocar um motorista que já lida com trânsito caótico, tarifas baixas e corridas ruins?

Passageiros, por pagarem a corrida, acreditam que o carro lhes pertence e podem fazer o que quiserem

Homem dentro de um carro, com expressão séria, olhando diretamente para a câmera.
Foto: Samuel Almeida para 55content

Recentemente, repercutiu nas redes sociais o momento em que uma senhora foi agredida por um motorista de aplicativo. Essa senhora tem 68 anos e veio às redes sociais para explicar o motivo pelo qual foi agredida.

Ela contou que entrou no carro de aplicativo e começou a comer um biscoito. Quando chegou ao destino e foi descer, o motorista disse: “Agora você vai limpar tudo isso que sujou.”

Não sabemos exatamente o que aconteceu, pois não temos o áudio da conversa. O que se sabe é que, ao sair do carro e se dirigir à portaria do condomínio, o motorista foi atrás dela e desferiu um chute, fazendo com que caísse.

Naturalmente, o caso foi parar na delegacia, e o motorista terá que responder por suas ações. A senhora relatou estar sentindo fortes dores, mas ainda não sabemos a gravidade da lesão que sofreu.

Esse episódio aconteceu após uma viagem por aplicativo, e é por isso que venho aqui conversar com vocês. Sempre falo sobre a importância da boa relação entre motoristas e passageiros.

Uma viagem de qualidade em aplicativos como Uber e 99 deve garantir que ambas as partes tenham uma experiência agradável e segura. O ideal é que tanto o passageiro quanto o motorista se avaliem com cinco estrelas ao final da corrida, pois isso indica que tudo correu bem.

Fora disso, qualquer outro tipo de interação pode gerar conflitos desnecessários. Nem o passageiro, nem o motorista, nem a plataforma se beneficiam de situações problemáticas.

Sempre enfatizo que uma boa viagem deve ser avaliada com cinco estrelas para ambos. No entanto, acontece que alguns passageiros, ao entrarem no carro, por estarem pagando pela corrida – seja em dinheiro ou no cartão –, acreditam que o veículo lhes pertence durante aquele período e que podem fazer o que quiserem.

Muitos acabam esquecendo princípios básicos de educação. Não se dão conta de que estão em um ambiente de trabalho do motorista e, infelizmente, agem sem consideração.

É importante destacar que a maioria dos passageiros é educada e respeitosa. A grande maioria entra e sai do carro sem causar problemas, deixando o veículo no mesmo estado em que o encontrou.

No entanto, há aqueles que se sentem no direito de comer dentro do carro sem se preocupar com a sujeira. Não sabemos se, nesse caso específico, o veículo realmente ficou sujo ou se o motorista simplesmente se irritou com a situação. O fato é que, independentemente disso, o carro de aplicativo não é o local adequado para se alimentar.

Tomar um gole de água pode ser aceitável, mas alimentos sólidos geram resíduos que podem sujar o veículo.

O caso aconteceu em Copacabana, no Rio de Janeiro, e ganhou grande repercussão nas redes sociais. Quem quiser pode assistir ao vídeo, que também publicamos no Instagram.

Trago essa informação porque é fundamental que passageiros e motoristas tenham uma experiência tranquila e respeitosa. O papel do motorista é conduzir o passageiro com segurança do ponto A ao ponto B, e a melhor forma de avaliar essa experiência é por meio das estrelas no aplicativo.

Se um motorista não gostar da atitude de um passageiro, a melhor forma de lidar com a situação é relatar o ocorrido à plataforma e ajustar a avaliação, dando uma nota menor, se necessário.

O mesmo vale para os passageiros: se não gostarem do serviço prestado pelo motorista, podem registrar a reclamação diretamente no aplicativo.

Os motoristas trabalham seguindo as regras e diretrizes dos aplicativos. Não dirigimos de acordo com nossas próprias vontades, mas sim respeitando termos e condições estabelecidos.

Por isso, se houver um problema, ele deve ser resolvido junto à plataforma, que tomará as medidas cabíveis, seja em relação ao motorista ou ao passageiro.

Agora, um recado aos passageiros: se você entra em um carro de aplicativo e encontra um ambiente limpo, com um motorista educado e atencioso, por que fazer algo que possa incomodá-lo?

Por que provocar um profissional que já enfrenta desafios diários, como trânsito intenso, tarifas baixas e corridas pouco lucrativas? Os motoristas precisam lidar com uma série de fatores para evitar prejuízos, e qualquer conflito desnecessário só agrava essa realidade.

Portanto, faça sua parte. Se o carro está limpo quando você entra, saia dele da mesma forma. Trate o veículo com cuidado, como se fosse seu.

A regra é simples: trate as pessoas da maneira como gostaria de ser tratado. Isso vale tanto para motoristas quanto para passageiros.

Os aplicativos como Uber e 99 formam uma comunidade de passageiros e motoristas. Para que essa comunidade funcione bem, é essencial que todos tenham educação e respeito mútuo.

Mantenha o carro no mesmo estado em que encontrou. Se estava limpo, deixe limpo.

E um alerta aos pais: ensinem seus filhos a entrarem corretamente no carro, colocando os pés no tapete e sentando no banco. Muitas vezes, vemos crianças sendo colocadas no banco com os pés diretamente no assento, o que irrita o motorista. Pequenas atitudes fazem a diferença.

Se, como motorista ou passageiro, algo lhe incomodar, avalie corretamente dentro da plataforma e evite discussões.

E um conselho aos motoristas: se perceberem que uma situação está prestes a sair do controle, saiam do local. Conflitos só pioram as coisas.

Passageiros, fechem a porta do carro com cuidado. Muitas vezes, quem está do lado de fora não percebe o impacto que uma batida forte pode causar dentro do veículo.

Vamos tornar as viagens mais agradáveis para todos? Esse é o recado de hoje.

Seguindo essas orientações, evitamos problemas que podem parar na delegacia, causar transtornos e até gerar processos judiciais desnecessários.

O segredo é simples: consciência, respeito e tranquilidade. Motoristas e passageiros fazem parte do mesmo sistema e devem agir de forma colaborativa.

Se a viagem foi boa, dê cinco estrelas. Se não foi, relate o que aconteceu de maneira adequada.

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