Resultados do terceiro trimestre de 2024 mostram aumento mais lento no volume de viagens e reservas, gerando incertezas entre investidores sobre o ritmo de expansão da plataforma.
A Uber anunciou ontem (30) que o número de viagens realizadas por meio de sua plataforma cresceu no terceiro trimestre de 2024, porém no ritmo mais lento em mais de um ano.
Esse desempenho sugere que os usuários estão optando por alternativas de transporte mais econômicas, como o transporte público, em detrimento de carros particulares. Como resultado, as ações da empresa caíram mais de 6% no pré-mercado.
No período, as reservas brutas — indicador que representa o valor total das transações na plataforma — aumentaram 16,1%, totalizando US$ 40,97 bilhões. No entanto, esse valor ficou abaixo da estimativa média de US$ 41,24 bilhões prevista pelo mercado, conforme dados compilados pela LSEG.
A receita total do terceiro trimestre foi de US$ 11,19 bilhões, superando a estimativa média dos analistas de US$ 10,98 bilhões. O lucro líquido somou US$ 2,61 bilhões, enquanto o lucro operacional atingiu um recorde de US$ 1,06 bilhão. O EBITDA ajustado foi de US$ 1,69 bilhão, em comparação com a estimativa média dos analistas de US$ 1,64 bilhão.
Para o quarto trimestre, a Uber prevê que o EBITDA ajustado ficará entre US$ 1,78 bilhão e US$ 1,88 bilhão, alinhado com as expectativas dos analistas de US$ 1,84 bilhão.
Apesar dos resultados financeiros positivos, a desaceleração no crescimento das viagens e das reservas brutas levanta preocupações sobre a capacidade da Uber de manter seu ritmo de expansão em um mercado cada vez mais competitivo.