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Moova pretende expandir seus serviços de logística para o Brasil

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tonymigliori
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A entrada da Moova no Brasil promete trazer uma nova abordagem à logística de última milha, permitindo entregas mais eficientes e ágeis. 

Em uma entrevista exclusiva para a equipe do 55 durante o Web Summit, Tony Migliore, fundador e CEO da Moova, revelou os detalhes da solução de logística oferecida pela empresa e sua intenção de expandir para o Brasil. 

A Moova começou na Argentina há quatro anos, e já está presente em outros seis países da América Latina: México, Guatemala, Perú, Chile, Colômbia e Uruguai. A empresa também opera como franquia em três países adicionais.

A proposta da Moova é resolver o desafio da entrega de última milha no mesmo dia, sem a necessidade de aumentar a frota de veículos nas ruas. Migliore destacou a necessidade de atender às demandas do comércio eletrônico, que funciona 24 horas por dia, e ressaltou a dificuldade da logística tradicional em acompanhar esse ritmo acelerado. Ao contrário dos métodos convencionais, que envolvem depósitos e distribuição matinal, a Moova utiliza uma abordagem baseada em tecnologia para otimizar as rotas de entrega, aproveitando os veículos já em circulação.

“O Brasil é um país muito grande e, por isso, sempre terá concorrentes em diversas regiões. No entanto, há uma necessidade constante de tecnologias que possam melhorar as coisas. Muitas vezes falamos sobre inteligência artificial (IA) e, mais recentemente, sobre a OpenAI, mas o mundo todo é construído com base em tecnologia e IA. No Brasil, não temos apenas carros ou vans tradicionais para realizar entregas, mas sim uma forte presença de tecnologia nesse setor. Nosso foco está em rotas curtas, utilizando pessoas que já estão nas ruas realizando entregas. Por exemplo, imagine uma caminhonete ou van que começa o dia com 50 pacotes. Ao longo do dia, à medida que as entregas são feitas, o número de pacotes diminui para 40, 30, e assim por diante. Portanto, aproveitamos esse espaço vazio para oferecer nossos serviços. Acredito que em qualquer país do mundo existem oportunidades para melhorar o que já existe”, explica Migliore. 

Ao ser questionado sobre a relação da Moova com a Movile, dona do iFood, o CEO esclareceu que a empresa está dentro do ecossistema da Movile e conta com o investimento do grupo. A Movile tem interesse em soluções tecnológicas para logística e enxerga na Moova uma parceira estratégica nesse sentido.

No entanto, o CEO destacou que as atividades da Moova e do iFood são distintas, com focos diferentes. Enquanto o iFood lida principalmente com a entrega de alimentos, a Moova está direcionada para o e-commerce em geral, permitindo a otimização da entrega de diversos produtos.

“Um grande volume de iFood consiste em comida. No entanto, nós não nos dedicamos a esse setor. Em vez disso, focamos em e-commerce e na venda de produtos. Por quê? Primeiro, porque há uma forte concorrência na área de alimentos nesta região. Além disso, a entrega de comida requer um motorista para cada pedido, o que pode se tornar complicado. No e-commerce, na logística, temos a capacidade de agrupar diversos pacotes, e é isso que torna a nossa abordagem mágica. Utilizamos tecnologia inteligente para agrupar eficientemente vários pacotes e realizar entregas”, explica o executivo. 

Durante a entrevista, Migliore também abordou a recente aquisição da empresa colombiana de transporte e logística Mensajeros Urbanos pela Moova. Ele esclareceu que a aquisição foi apenas de uma parte da empresa, especificamente do segmento de entregas no mesmo dia e no próximo dia.

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Giulia Lang

Giulia Lang é líder de conteúdo do 55content e graduada em jornalismo pela Fundação Cásper Líbero.

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