Jornal Metrópoles publicou matéria sobre o crescimento de apps de locação. Na Austrália, Uber já oferece serviço semelhante.
Os altos custos para manter um carro no Brasil têm feito milhares de pessoas procurarem alternativas mais rentáveis para o uso no dia a dia. Nesse contexto, além dos aplicativos de transporte, o mercado de locação de veículos está ganhando cada vez mais espaço na rotina dos brasileiros.
Nessa crescente, apps de locação vêm surgindo e se consolidando entre aqueles que procuram fazer trajetos curtos ou que não querem custear um automóvel a curto prazo. É o caso de empresas como a Turbi e a Awto.
Na Awto, empresa chilena que opera desde 2022 em São Paulo, o usuário conta com uma frota de 200 veículos e pode alugar carros sedan, SUVs, híbridos e utilitários. Além disso, o usuário ainda possui a opção de alugar motos elétricas.
O primeiro diferencial dos aplicativos é a cobrança por minuto. O usuário não desembolsa valores por diária e sim por tempo utilizado. Essa solução é um facilitador para quem quer usar o carro para fazer compras, ir ao médico ou ir ao trabalho.
Um carro sedan sendo alugado no Awto, por exemplo, está disponível com valores a partir de R$ 0,50. Para cada quilômetro rodado, o usuário paga mais R$ 0,90. Se o carro ficar parado, a empresa cobra 20% da tarifa (ou R$ 0,10 por minuto, no caso do sedan).
Outro diferencial é a possibilidade de deixar o carro em qualquer lugar público na área de cobertura do serviço, o que facilita o acesso pelos usuários. Os usuários não precisam abastecer o carro, mas caso seja necessário, eles dispõem de um cartão de abastecimento no porta-luvas.
Em entrevista ao Metrópoles, o CEO da Awto, Leonardo Bieberbach, afirmou que, em viagens mais concorridas, como uma ida ao aeroporto de Congonhas, o custo do serviço é até 70% menor do que o de um aplicativo como a Uber.
“Quando é permitido que o cliente finalize a corrida em um ponto diferente do que ele pegou o carro, essa passa a ser uma alternativa para cobrir diversas necessidades. Você pode alugar o carro para ir ao trabalho e voltar de transporte público, ou pode usar o aplicativo para complementar uma parte de um trajeto”, reforça o CEO da Awto.
Outra opção para quem quer dirigir com comodidade e sem ter um carro próprio é a Turbi. Com uma frota de 3 mil veículos e valores a partir de R$ 17 por hora, o usuário pode escolher entre cinco categorias de veículos: hatch, sedan, SUV, SUV especial e carros esportivos. A empresa também oferece a opção de locação mensal, a um custo que parte de R$ 2,3 mil.
Para utilizar o serviço, basta baixar o aplicativo, fazer um cadastro e reservar o carro em um dos 400 pontos espalhados pela região da Grande São Paulo. É possível encontrar veículos em shoppings, estacionamentos, padarias e até pet shops. Como o carro é destrancado pelo próprio aplicativo do usuário, o serviço funciona 24 horas e 7 dias por semana, sem a necessidade de um funcionário da empresa para ajudar.
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Do outro lado do mundo, a Uber adquiriu a Car Next Door, criando a Uber Carshare, em que os usuários do aplicativo podem alugar um veículo e dirigir eles mesmos.
Segundo o site do serviço, o Uber Carshare conta com 9 mil veículos, além de carros comuns, vans e utilitários. Os usuários podem escolher o tipo de veículo e até mesmo se ele aceita o transporte de animais.
Já foram realizadas mais de 1,3 milhão de viagens pelo serviço que está presente em 9 cidades do país: Sydney, Melbourne, Brisbane, Gold Coast, Canberra, Perth, Adelaide, Hobart e Cairns.
Além de alugar um veículo para dirigir, o serviço permite que o usuário alugue seu próprio veículo para terceiros ou até mesmo sua frota de veículos.
